Entender o que está por trás da homofobia. Este é o ponto de largada para a webserie “Homofóbico”, já que o enredo se passa em uma sessão de terapia em que Luiz Paredes, personagem principal, tenta entender o que o leva a se incomodar tanto.
A obra que está disponível no youtube foi criada a partir das vivências pessoais de Ed Lopez e seus amigos. “Já vivi muita coisa parecida. No boxe existe um olhar diferente para quem é gay. Como se a gente fosse tarado e quisesse todo mundo daquele ambiente”, relata o criador.
A ideia surgiu quando Ed fazia um treino na praia e observou um casal gay passar pelo local. Ele ficou imaginando qual seria a reação de um homofóbico ao se deparar com aquela cena. O que era para ser uma produção simples teve o projeto ampliado e o retorno foi acima do esperado.
Depois de ser premiada como melhor roteiro no festival BUEIFF, em Buenos Aires, “Homofóbico” também foi indicada a diferentes prêmios em festivais internacionais como Kalakari, na Índia, Seoul Webfest, em Tóquio, e RioWeFest, no Rio de Janeiro. Ainda, próximo dia 30 de setembro concorre na categoria “Melhor websérie” no Apulla Webfest, festival da Itália.
“Eu fui pego de surpresa com essa repercussão internacional. Já tinha me inscrito em festivais com outros projetos e fiquei com receio das pessoas acharem que a série é uma tentativa de justificar o comportamento homofóbico. É exatamente o contrário”, explicou Ed.
O sucesso animou Lopez que já tem novo projeto, com estreia no próximo dia 26 de setembro em seu canal do youtube. Em “Pink Habbit” novamente o tema LGBTQIA+ aparece com um homem trans sendo um dos personagens da trama. Ele também está em fase de captação para transformar “Homofóbicos” em filme.