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Patricia Lins e Silva

Por Patrícia Lins e Silva, pedagoga Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Educação
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A vida de cada criança importa

Todas necessitam de cuidados especiais e ter seus direitos garantidos, o que inclui proteção adequada, tanto antes como depois do nascimento

Por Patricia Lins e Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 abr 2021, 13h28
criança sorrindo
Amor, cuidado e respeito: todas as crianças devem ter garantias básicas de proteção (Thiago Cerqueira/Unsplash/Reprodução)
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As crianças são as pessoas mais importantes numa sociedade, porque são o futuro dos grupos, dos países, da civilização. Têm que ser bem cuidadas porque vão liderar o mundo e tomar decisões que podem afetar a humanidade. Muitas delas podem ser grandes cientistas, artistas, filósofos, matemáticos, líderes, enfermeiros, trabalhadores indispensáveis, etc. Todas as crianças importam e não se pode perder nenhuma.

As Nações Unidas definiram em 1989 um tratado internacional sobre como agir para assegurar esses direitos. A Carta dos Direitos da Criança trata das liberdades fundamentais e dos direitos inerentes a todos os seres humanos com menos de 18 anos. Estes se aplicam a todas as crianças, independentemente de raça, cor, sexo, credo ou outro status do pai/responsável legal da criança, e todos devem ter as mesmas oportunidades e padrão de vida adequados.

A declaração pode ser resumida em quatro grandes direitos básicos:

O Direito à Sobrevivência – Todas as crianças têm direito a uma vida saudável, atendimento de saúde de qualidade, nutrição correta, nome e nacionalidade. Devem ter registro de cidadãos para constarem nos sistemas nutricionais dos países. A meta deve ser acabar com a desnutrição e a mortalidade infantil e juvenil.  

O Direito ao Desenvolvimento – Todas têm direito à educação, a cuidado, a lazer e recreação. Devem ter educação que explore o seu potencial e que promova valores de tolerância e amizade entre todos os grupos, sejam nações, raciais ou religiosos, e que contribuam para a manutenção da paz.

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O Direito à Proteção – O que implica na garantia de alimentação e defesa contra relações perniciosas, abuso, negligência e exploração de qualquer forma. As crianças não devem trabalhar nem enfrentar qualquer tipo de abuso físico ou mental.

O Direito à Participação – Todas devem ter acesso à expressão, informação, pensamento e religião. A criança tem o direito de estar envolvida nas decisões que afetam sua vida e deve ter oportunidade de manifestar seu pensamento livremente.

Nós, adultos, somos responsáveis ​​por garantir os direitos das crianças que encontramos no nosso caminho. O menininho que morreu de modo tão chocante há poucos dias parecia cercado dos privilégios que faltam à maior parte das crianças. Frequentava boa escola, tinha um teto firme, acesso a alimentação e um quarto só para ele. Tinha pai, mãe, padrasto, babá, empregada, avó e todos pareciam cuidar dele e amá-lo. Mas, num assombro, emergiu o fato de que as regalias encobriam uma realidade de horror. O menino era alvo de abuso, negligência e abandono. E o poder perverso atemorizava tanto que aqueles que sabiam a verdade se omitiram. O medo não permitiu que salvassem a criancinha de 4 anos, que não resistiu aos maus tratos, costumeiros, que aconteciam quase que na frente de todos. Infelizmente, sabemos que este pequeno não é o único.

Nosso dever de adultos é proteger as novas gerações. Como indicado na Declaração dos Direitos da Criança, “a criança, em razão de sua imaturidade física e mental, necessita de salvaguardas e cuidados especiais, o que inclui proteção legal adequada, tanto antes como depois do nascimento”.

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