E a Covid-19 não está controlada no fim de 2021. Pelo contrário, assistimos com desconsolo a uma nova variante, a Ômicron, se espalhar rapidamente mundo afora. Durante o ano, eventos climáticos violentos voltaram a afligir o planeta, com seca penosa, tufões e inundações. Arre.
Todos sabemos que tanto a Covid-19 quanto o aquecimento global, que provoca os eventos climáticos intensos, têm sua origem no modo descuidado com que a espécie humana lida com a natureza, como se não fosse parte dela e como se seus recursos fossem inesgotáveis. Parece até que a humanidade, com suas ações abusivas na exploração do meio ambiente, prefere a morte e a extinção do que deixar de lucrar.
Embora todos os avisos e alertas de cientistas e especialistas do mundo, pouco se faz para solucionar o aquecimento do planeta e o excesso de carbono na atmosfera. A reunião de mais de uma centena de dirigentes de países em Glasgow em novembro de 2021, apesar da boa vontade, não chega a convencer de que serão implantadas a tempo as políticas penosas necessárias para conter as consequências nefastas da agressão humana ao ambiente. Sabemos todos que é preciso um movimento global, político e econômico corajoso e transformador para salvar as espécies vivas da extinção. Sem uma ação urgente, o Planeta Terra seguirá sua órbita, mas o fenômeno vida, este que ainda não encontramos em outro lugar, deixa de existir.
A escola tem a obrigação de trazer o assunto da sustentabilidade do ambiente para dentro dela. Não como um tema acessório, com palestras ou aulas eventuais, mas como sua temática principal. Não basta ensinar a não usar plástico ou separar o lixo. É preciso tratar o assunto como o problema sério que é, de grandes proporções, que implica políticas públicas planetárias a serem exigidas dos dirigentes e dos que têm o poder de decidir .
O eixo de todas as matérias na escola, seja matemática, português, história, música, educação física, não importa, o eixo de todas está no problema de como agir para mudar a tendência de alta da temperatura da Terra. Os professores, seguramente, vão aderir à ideia e tornar o assunto a base de suas aulas.
Se quem nasceu no século passado ainda não entendeu suficientemente a gravidade do problema, deve, pelo menos, ajudar e apoiar os jovens do século 21 a estudar e planejar suas ações para salvar o único ambiente em que existe vida como a conhecemos.
Greta, a menina sueca que assombrou o mundo com sua coragem de começar solitariamente um protesto, representa toda uma geração que vai brigar por seu futuro. Um viva a todas as Gretas do mundo que, com sua capacidade de luta, vão conquistar uma Terra mais saudável, feliz e justa!