A oportunidade chegou e o convite parecia irresistível: se hospedar em um resort pé na areia, com atrações para as crianças e bem pertinho de casa. Mas, e a pandemia? Depois de ponderar todos os pontos positivos e negativos, decidimos encarar um fim de semana em família no Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, bem ali entre São Conrado e a praia do Leblon. E se tudo desse errado com as normas de segurança, ou se não estivéssemos confortáveis com alguma situação, nossa casa fica a alguns minutos dali e então era só arrumar as malas de volta.
Reaberto no começo de setembro, mais precisamente no dia 01, a propriedade retomou suas operações com três importantes selos: Certificado Turismo Consciente, da Secretaria do Estado do RJ; Selo de Conformidade com as Medidas Preventivas da Covid-19 (Xô Corona), da Prefeitura do Rio e da Vigilância Sanitária; e o Selo Turismo Responsável Limpo e Seguro do Ministério de Turismo (Cadastur). Esses pontos, aliás, foram cruciais para toparmos essa ‘primeira viagem’ com os três filhos.
Outros detalhes fizeram a diferença para a nossa escolha, como o limite de 50% da ocupação total – são 538 apartamentos, lá é realmente enorme – e o funcionamento de um único restaurante, um casarão aberto e sem ar-condicionado, com mesas ao ar livre. Para nossa surpresa, o menu agora era acessado via QR Code. Nada de compartilhar o cardápio com o hóspede vizinho, que agora nem pode mais se sentar tão ao ladinho. O café da manhã, que um dia funcionou por buffet e com os itens sendo servidos por um funcionário através de um protetor de acrílico, no outro foi em sistema de self service. O receio – e o choque, confesso! – de dividir o pegador e as colheres com o desconhecido logo deu vez ao alívio. Era obrigatório o uso de luvas descartáveis e máscara para se servir. O almoço e jantar eram à la carte.
Antes mesmo de chegar, fomos avisados de que o recém-reformado Espaço Kids, um dos principais atrativos do Sheraton Grand Rio para quem tem criança, não estava funcionando e as brincadeiras estavam acontecendo com monitor (alô, tio Gê. Obrigada pela paciência!) apenas ao ar livre. Bingo! Por incrível que possa parecer, o uso de máscara durante todo o tempo, com exceção dos momentos na piscina ou ao sentar-se ao restaurante, foi um mero detalhe para os pequenos, que se dividiam incansavelmente entre um mergulho no mar e nas piscinas, que agora estavam funcionando em horário reduzido, das 9h às 17h. Destaque também para as quadras de tênis e de futebol, estrategicamente localizadas para que os visitantes sentissem a brisa do mar.
A nossa dica é: se você quer descansar (a gente não usou, mas tem serviço de SPA) enquanto os miúdos brincam, aproveitar uma boa gastronomia (não deixe de experimentar a moqueca baiana e o pudim de leite condensado. E, se der sorte, ainda será atendido pela simpática hostess Mariana!) e conferir uma das vistas mais bonitas da cidade, siga em frente se tiver seguro. Com raríssimas exceções, afirmo que as pessoas estão respeitando o distanciamento e tudo o que o momento exige. Com muita cautela, e o uso adequado de máscara e álcool em gel, já dá para retomar a vida aos pouquinhos.
Mas, se tivesse que resumir toda a experiência no hotel, usaria a frase do meu filho de quatro anos: “Mamãe, eu não quero voltar para Pocacabana (Copacabana)”.
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Day Use: o hotel está oferecendo o serviço durante todos os dias da semana. O horário é das 9h às 21h e a reserva dá direito a um quarto. Valores: a partir de R$ 540 + taxas. Confira mais aqui.
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O Programinha Carioca se hospedou a convite do hotel, porém a opinião e o relato são estritamente pessoais.