Caetano Veloso é homenageado no Prêmio UBC
Treze artistas fizeram um tributo ao músico baiano, com interpretações inéditas do repertório do autor brasileiro
A União Brasileira de Compositores, a maior sociedade de direitos autorais do Brasil, em sua sétima edição, celebrou a imensa obra do genial Caetano Veloso.
Treze artistas de diferentes gêneros e gerações se revezaram no palco para apresentar interpretações inéditas do repertório de um dos mais importantes autores brasileiros. Foi um tributo memorável!
A noite começou em grande estilo, com incríveis projeções no prédio da UBC, no Boulevard Olímpico, que retratavam diversas fases da carreira do músico. Na porta do edifício, baianas ofereciam acarajé dando as boas vindas ao público convidado.
A casa UBC foi especialmente decorada para o evento, e alguns andares e o elevador foram envelopados com temas relacionados ao músico baiano, transformando o espaço em uma verdadeira casa de shows. A apresentadora foi a belíssima Mariana Ximenes, segura e visivelmente emocionada, que leu trechos de canções de Caetano, entre vários números musicais.
A noite foi de alta voltagem emocional e de reconhecimento com interpretações inéditas que deixaram o público e o homenageado extasiados. Gilberto Gil, Paula Lima (presidente da UBC), Luisa Sonza, João Gomes, Ferrugem, Jão, Giulia, Criolo, Tim Bernardes, Jaques Morelenbaum, Pretinho da Serrinha, Ritchie e Zeeba cantaram o repertório repleto de hits de Caetano. A curadoria e direção artística ficaram por conta do produtor Zé Ricardo.
“A gente tem a oportunidade de cantar pra essa pessoa que o Brasil ama, que a gente ama, que a gente quer bem”, disse Criolo. “Não é sobre quem canta melhor. Não é sobre mim. É sobre a singela oportunidade que a União Brasileira de Compositores está proporcionando a pouquíssimas pessoas de poderem se sentir fazendo parte de algo maior”, completou ele que, com sua versão de “Desde Que o Samba é Samba”, foi um dos últimos a se apresentarem, dando espaço em seguida a Gil, para que o amigo de décadas de Caetano cantasse “Coração Vagabundo”.
“Foi minha primeira vez aqui no Prêmio UBC. Pensei que não ficaria nervosa, mas fiquei completamente trêmula. Mas foi um nervosismo muito especial. É um tremer não de medo e de angústia, mas de admiração. Eu estava em paz cantando para ele, mas me tremia. Por ele representar o que representa”, descreveu Luisa Sonza, que cantou “Não Me Arrependo”.
Segundo Marcelo Castello Branco, diretor-executivo da UBC, não foi fácil resumir o repertório de Caetano em 12 músicas. “Sua obra transcende fronteiras e rótulos. Tentamos juntar artistas de distintas gerações e tendências para espelhar a potência deste compositor, que é uma verdadeira usina de ideias e pensamentos.”
O show terminou com todos no palco cantando um dos seus grandes sucessos, Odara, com a participação luxuosa do homenageado, que disse estar extremamente feliz em receber essa homenagem de amigos compositores. “Fico feliz de meus colegas dizerem coisas tão bonitas. Eu não sabia, quando era menino, que aquilo (cantar, compor, ter uma carreira na música) daria certo. Que bom ter caído no mundo da música popular, uma das coisas mais fortes do Brasil”, afirmou.