Pesquisando imagens do Teatro São Pedro de Alcântara para o post sobre Gioacchino Giannini e Marietta Baderna, eu me deparei com as gravuras de Friedrich Pustkow que retratam o Rio de Janeiro colonial em meados do século 19. O gravurista deixou doze pranchas que retratam dezesseis paisagens como o palácio da Quinta da Boa Vista, Santa Teresa, o Largo da Carioca, além de vários pontos da Baía de Guanabara. O álbum Pustkow consta da coleção da Bilbioteca Nacional desde 1881.
Em 1955, a prefeitura do Distrito Federal, publicou um livro com as litografias. Já naquela ocasião nenhum historiador conseguiu descobrir informações sobre o artista. No livro O acervo iconográfico da Biblioteca Nacional – Estudos de Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, publicado em 2010, a autora ressalta a permanência do mistério: “Ainda não foi desvendada a enigmática personagem que se assina Frederico Pustkow”.
Abaixo, reproduzo detalhes de parte das gravuras que figuram do álbum. São imagens do litoral carioca. A primeira é a única não identificada. Abaixo dela, vemos a Igreja da Glória; a Igreja de Santa Luzia; o Hotel Pharoux, próximo de onde hoje fica a Praça 15; o Paço Imperial; o chafariz do mestre Valentim, na época em que ele realmente cumpria a função de abastecimento de água; a Praia do Peixe, nas redondezas de onde hoje é a Casa França-Brasil; o Arsenal de Guerra; e encerrando três vistas, sendo a primeira tomada a partir da Igreja de Santa Luzia e as duas últimas a partir da Ilha das Cobras.
Na segunda-feira, vou subir detalhes de outras gravuras do misterioso Pustkow, desta vez retratando o dia-a-dia próximo a outros pontos de interesse.