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5 perguntas para…Soraya Ravenle

Ela já protagonizou mais de vinte musicais como atriz-cantora e, no ano de 2013, na altura dos trinta anos de carreira, voltou a se dedicar ao repertório de seu primeiro (e, por enquanto, único disco) como intérprete. Arco do Tempo, lançado em 2011, tem uma construção toda especial — da concepção à eleição do repertório, […]

Por Da Redação
Atualizado em 25 fev 2017, 19h03 - Publicado em 9 jul 2013, 21h32
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  • Ela já protagonizou mais de vinte musicais como atriz-cantora e, no ano de 2013, na altura dos trinta anos de carreira, voltou a se dedicar ao repertório de seu primeiro (e, por enquanto, único disco) como intérprete. Arco do Tempo, lançado em 2011, tem uma construção toda especial — da concepção à eleição do repertório, todo de faixas inéditas de Paulo César Pinheiro. Soraya se apresenta nesta terça (9) no Theatro Net Rio, o primeiro grande show por aqui desde o lançamento do disco.

    Como começou sua relação com a música?
    Minha mãe  me colocou para estudar piano aos 5 anos de idade – aprendi a ler português e música ao mesmo tempo. A música,  portanto, faz parte da minha natureza, não entendo o mundo sem música. Tenho um ouvido muito bom, pego tudo muito rápido. Theatro Musical Brazileiro II (em 1994) foi meu primeiro musical. Como quando criança eu  tive o teatro, a música e dança, quando fiz esse musical eu senti que podia juntar tudo num lugar só. Foi uma epifania!

    Um ator de musical não necessariamente é um cantor de show, certo?

    É muito diferente, mas a sensação que eu tenho é de que são caminhos paralelos. O próprio disco eu lancei em 2011, mas não fiz muitos shows, então quando me reúno com os músicos é tudo novo ainda, porque não nos esgotamos ainda. É aquela coisa: aceitar sempre o E e não o OU. É o meu jeito de ser no mundo.

    Qual é a diferença essencial entre atura cantando e estar no palco apenas como intérprete?

    Como cantora não estou revestida numa época, não estou dentro de uma história – quer dizer, eu me revesti de uma história subjetiva. Conforme você faz, entende como é esse lugar que não é o do teatro, embora minha forma de cantar tenha muito a ver com me apropriar da letra. Parece que estou sempre contando uma história.

     Da onde surgiu a ideia do disco?

    Eu não sou uma cantora de carreira e as pessoas sempre me perguntavam por que eu não tinha disco – um deles foi o Pedro Luiz. Um dia, saindo de um dos musicais, ele me indagou: “E aí, vai gravar?”. E eu respondi: “Não seeeeei, não sei”. Depois, em um outro encontro com ele, tivemos essa ideia do repertório do Paulo César Pinheiro. Percebi que ele compõe todos os ritmos e gêneros e eu poderia me deter confortavelmente nele. As músicas deles eram um conforto no meio das minhas indecisões!

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    Como você formatou esse projeto com ele?

    Ah, eu liguei na maior cara de pau e ele me recebeu muito bem, porque é muito afetuoso. Ele me recebeu duas ou três tardes na casa dele e apareceram coisas inéditas – na época ele tinha 1600 musicas escritas, quase tudo inédito. E ele é um cara que conheço há muito tempo e realmente me emociona. E está no altar dos grandes da música brasileira. Gravamos 124 músicas e, depois, com a ajuda do Alfredo Del-Penho, selecionamos 14. Um dia, o Paulo me ligou e falou: “Nossa, cobre um arco de tempo, né?” e acabou compondo uma faixa com esse nome para o projeto. É essa que eu eu gravo com a minha filha (Júlia) — é muito simbólico.

    Ouça abaixo Súplica, uma das 14 faixas que integram o repertório de Arco do Tempo.

     [youtube https://www.youtube.com/watch?v=dFC4lv_uycE&w=420&h=315%5D

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