De tom sussurrante e quase infantil, a voz de Dom La Nena, 25 anos, é parte fundamental de seu estilo musical suave, charmosamente melancólico. Cantora, compositora e violoncelista, a jovem gaúcha cresceu em Buenos Aires e vive em Paris, onde já tocou com a diva inglesa Jane Birkin e a adorável cantora pop francesa Camille. Em carreira-solo, atraiu atenções variadas com seu disco de estreia, Ela. Nas treze faixas do álbum de 2013, soltou a voz sobre delicadas tessituras compostas por intervenções sutis de piano, xilofone, guitarras e seu inseparável cello, entre outros instrumentos. O trabalho rendeu críticas elogiosas (listadas no SITE DELA), o que volta a acontecer com o recém-lançado Soyo. Produzido por La Nena e Marcelo Camelo, o novo disco soa um tantinho mais feliz, ensolarado, por conta de intervenções rítmicas que vão do indie-pop ao samba discreto. A intérprete defende letras em português (Vivo na Maré), francês (Juste une Chanson), espanhol (Llegaré) e inglês (Carnaval). Melhor do que ler/escrever sobre ela, no entanto, é ouvi-la. Dá para fazê-lo no clipe abaixo, da canção Llegaré, ou no show que Dom La Nena apresenta logo mais, às 21h, no OI Futuro Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 54, tel 3131-933, vinte mangos a entrada inteira), como atração do projeto A.Nota.
P.S. – Tendo a chance, procure também o disco Birds on a Wire (2014), parceria de Dom La Nena com a cantora franco-americana Rosemary Standley, uma formosura de repertório, com versões para, entre outras, Duerme Negrito a tropicalista Panis et Circenses
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