Clara Sverner, paulista, nasceu em 1936. No Brasil e no exterior – em Genebra (Suíça) e Nova York (Estados Unidos) –, aprimorou seu talento para o piano clássico. Generosa, não se limitou ao conservatório. Seu repertório, em concertos e gravações, vai do resgate de compositores brasileiros (Glauco Velasquez, Villa-Lobos) a Mozart e Chopin, passando pela nata da música popular: ela manteve fértil parceria com Paulo Moura e registrou em disco obras de Pixinguinha, Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Tom Jobim. Uma instrumentista talentosa e destemida, portanto, divide com o filho, o artista visual Muti Randolph, o original espetáculo Sinestesia. Na Sala Cecília Meireles, nesta quinta (19), às 20h (40 reais o ingresso), o público vai ver música, ou ouvir imagens, tanto faz. Funciona assim: um scanner sobre o teclado captura o movimento das mãos de Clara Sverner e o traduz em formas coloridas e tridimensionais, projetadas diante do piano, controladas ao vivo por Muti.
Vejam com a coisa funciona em Clair de Lune, de Debussy
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