Ansiada sede para as múltiplas atividades do Instituto Casa do Choro, criado em 1999, a Casa do Choro (Rua da Carioca, 38) abriu as portas em abril de 2015. Um ano depois, o endereço passou por uma série de melhorias que foram apresentadas ao público na última quinta (5), junto com o anúncio da programação musical de 2016. Reformado, o principal palco local – o Auditório Radamés Gnattali – ganhou tratamento acústico de primeira e estúdio para gravação de áudio e video. Ali, até dezembro, serão levadas ao público 230 atrações. Aqui cabe uma explicação breve: a Casa do Choro é o QG de uma série de iniciativas de abnegados como a cavaquinista Luciana Rabello e o maestro e bandolinista Pedro Aragão. Esses e outros nomes coordenam ações bem-vindas, a exemplo da Escola Portátil, que recebe mais de 1000 alunos por ano, do selo musical Acari Records e da construção de um acervo que inclui objetos históricos, além de mais de 10000 partituras de todas as épocas do choro. Dito isso, fica mais fácil entender a qualidade da programação. Um exemplo: na quarta (11) e na quinta (12), às 18h30 (30 mangos a inteira), Ronaldo do Bandolim, craque egresso do lendário Época de Ouro e, hoje, no consagrado Trio Madeira Brasil, mostra ao vivo, ao lado da pianista japonesaSachiko Ito, as faixas do disco Ernesto Nazareth e Scott Joplin no Rio de Janeiro, gravado pelo duo. Naomi Kumamoto (flauta), produtora do trabalho, participa da apresentação. Tem mais. Vejam só o que nos reservam os dias 16 e 17, mesmos horário e preço: no espetáculo Irineu de Almeida e o Oficleide, o pioneiro músico – mais conhecido como Irineu Batina (1873-1916), professor do garoto Pixinguinha – e seu hoje quase extinto instrumento de sopro (o oficleide) são lembrados por Everson Moraes (oficleide), Aquiles Moraes (cornet), Leonardo Miranda (flauta), Iuri Bittar (violão), Lucas Oliveira (cavaquinho) e Marcus Thadeu (percussão). Tem mais ainda – a programação completa você encontra na página da Casa do Choro no facebook ou nesse link AQUI.