A ideia do sambista Moacyr Luz era apenas promover um batuque para os músicos colegas, que se ocupavam durante os finais de semana trabalhando. O dia escolhido foi segunda-feira. O horário não era fixo: bastava chegar ali pelo final da tarde e a música estava garantida. Isso foi em 2005. O que o compositor não esperava era que um projeto informal, para reunir os amigos em um clube na Zona Norte carioca fosse virar um fenômeno. Em oito anos dedicados ao repertório de Moa e seus parceiros Aldir Blanc e Sereno, o Samba do Tralhador, como foi carinhosamente apelidada a empreitada virou um CD e um DVD, gravado ao vivo em 2012, com participações de Moyseis Marques e Marcelinho Moreira — no dia da gravação, estavam presentes cerca de 2400 pessoas. Toda segunda é possível dar uma passada no Clube Renascença (R. Barão de São Francisco, 54, Andaraí, tel.: 3253-2322), às 19h30 e conferir clássicos como Vida Minha Vida, Saudades da Guanabara e Cabô, Meu Pai, além de inéditas, como Estanhou O Quê.
Exepcionalmente, Moacyr (voz e violão) e seu fiel grupo, formado por Gabriel Cavalcante, Alexandre Nunes (vozes e cavaquinho), Álvaro Santos, Mingo Silva (vozes e percussão), Daniel Neves (violão sete cordas), Luiz Augusto, Junior de Oliveira e Nilson Visual (percussão), se apresentam fora de seu habitat natural nesta quinta (16). O show no Teatro Rival (às 19h30, ingressos a R$ 50,00) faz parte da divulgação do bonito trabalho, que já virou um patrimônio da música carioca. Confira um trecho do DVD no vídeo abaixo.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=TK9hZVbeBFk%5D
*Em tempo: ontem, 13 de maio, o Samba do Trabalhador recebeu a medalha Pedro Ernesto, condecoração da Câmara dos Vereadores destinada a pessoas ou projetos que contribuam com a cultura e com a identidade da cidade do Rio de Janeiro.