De sexta-feira (12) a domingo (14), a Caixa Cultural (ali no Centro, na Almirante Barroso, 25) vai funcionar como um animado CTG, Centro de Tradições Gaúchas. Sim, vai ter Nervos de Aço, Felicidade, Nunca e Vingança (aquela belezura que já começa pelos seguintes versos matadores: “Eu gostei tanto/Tanto quando me contaram/Que lhe encontraram/Bebendo e chorando/Na mesa de um bar”). Mas vai ter também Pergunte aos Meus Tamancos, relíquia em forma de samba gravada apenas na década de 30 do século passado. Na celebração de Lupicínio Rodrigues, o autor dessas (e de outras) preciosidades, cujo centenário se completa no próximo dia 16, uma talentosa turma de contemporâneos do músico porto-alegrense, além de convidados bacanas, apresenta o espetáculo Sarau para Lupicínio – 100 Anos.
Os irmãos Nina, Grazie (cantoras) e Guto (inspirado baixista, fez misérias na banda de João Bosco em apresentação recente no Teatro Rival) Wirtti, todos gaúchos, comandam a festa, na companhia de Luís Barcelos (bandolim), Rafael Mallmith (violão) e Anderson Balbueno (pandeiro). Os convidados são os seguintes: o acordeonista Bebe Kramer (mais um gaúcho) e o violonista francês Nicolas Krassik, na sexta (12), Bebe e o cantor carioca Marcos Sacramento no sábado (13) e os três no domingo (14). Pra chegarem às trinta composições do repertório, os Wirtti ouviram 150 obras do homenageado, criações que vão da notória dor do cotovelo ao samba. Lupicínio merece. Foi mais do que um grande nome da música brasileira. Ele mesmo explica: “Eu não sou músico, não sou compositor, não sou cantor, não sou nada. Eu sou boêmio”.
Não temos imagens de ensaios ou algo do gênero, mas, só para enganar vocês, segue abaixo um vídeo bacana de Guto Wirtti com outro conterrâneo, seu amigo Yamandu Costa. A dupla, aliás, acaba de lançar um belo CD, Bailongo, mas isso é outra história.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-wDToBXihx8?feature=oembed&w=500&h=281%5D