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Casquinha: bamba, filho de alemão, nascido em Oswaldo Cruz e estrela da Portela
É necessária uma certa disponibilidade, digamos assim, mas o programa é imperdível. Hoje, a partir das 18h, o bamba Casquinha vai gravar seu primeiro DVD na quadra da Portela (Rua Clara Nunes, 81, Madureira). São aguardados, entre outros convidados, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Monarco e Mauro Diniz, que também cuida da direção musical. Filho de alemão, Otto Enrique Trepte nasceu no subúrbio de Oswaldo Cruz em 1º de dezembro de 1922. Grandalhão, olhos azuis e voz rouca, ganhou fama nas rodas como Casquinha. Em 1959, compôs, com Candeia, Bubu, Waldir 59 e Picolino, o samba-enredo Brasil, Panteão de Glórias, que deu à Portela o primeiro lugar no Carnaval daquele ano. Na década de 60, dividiu o grupo Mensageiros do Samba com Picolino e Candeia. Nos 70, participou de algumas formações do formidável projeto Partido em 5, capitaneado por Candeia e dedicado ao autêntico partido alto. Na batalha, integra a Velha Guarda da Portela, com a qual gravou discos como o belo Tudo Azul, e, em 2001, lançou seu primeiro álbum solo: Casquinha da Portela. Casquinha fez isso tudo e muito mais – suas recordações como jogador de futebol amador, em partidas suburbanas que eram verdadeiras batalhas campais, são divertidíssimas. Entre outros feitos, há muito tempo acolheu um garoto que queria entrar para ala dos compositores da Portela. O menino chegou, mostrou a primeira parte de um samba e, na hora, Casquinha fez a segunda. Foi assim que nasceu Recado, dele e de Paulinho da Viola, interpretada no vídeo aí embaixo por Paulinho de Marisa Monte. Ah, a entrada para a festa de hoje é 1 quilo de alimento não perecível. Outro ah: recebi a notícia do show de hoje da ótima, informativa e longeva Agenda do Samba & Choro.
Recado, e a história desse lindo samba, nas vozes de Paulinho e Marisa Monte
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