Cantora e atriz Gottsha fala sobre o seu novo musical, que tem o Natal como tema
Outubro ainda nem terminou, mas o Natal já se anuncia, como indicam os panetones nas prateleiras de supermercados, a Árvore de Natal da Lagoa crescendo sobre o espelho d’água e a decoração natalina nos shopping centers. A celebração também é antecipada no Teatro Clara Nunes, que recebe, a partir da próxima quinta (31), o musical Um […]
Outubro ainda nem terminou, mas o Natal já se anuncia, como indicam os panetones nas prateleiras de supermercados, a Árvore de Natal da Lagoa crescendo sobre o espelho d’água e a decoração natalina nos shopping centers. A celebração também é antecipada no Teatro Clara Nunes, que recebe, a partir da próxima quinta (31), o musical Um Natal pra Nós Dois. Escrito pelo jornalista Artur Xexéo e dirigido por Jacqueline Laurence, o espetáculo tem Tadeu Aguiar e Gottsha (ambos na foto acima) como um ex-casal — ele, músico e produtor, e ela, cantora de sucesso — que se reencontra para ensaiar um show de canções natalinas.
O blog conversou com Gottsha, uma das atrizes-cantoras mais festejadas do teatro musical brasileiro, sobre a peça e também sobre o imperdível show Discotheque, no qual ela desfia hits da era disco — a última apresentação, aliás, é na próxima terça (31), no Teatro dos Quatro.
O que você pode nos contar sobre Um Natal pra Nós Dois?
É um espetáculo especial, estou muito feliz em fazer. Minha personagem é uma cantora muito bem sucedida que reencontra seu ex-marido, um produtor musical, para fazerem um show de Natal. Muito embora seja uma comédia romântica que fala do reencontro de um casal, a peça trabalha valores que tem muito a ver com o Natal: esperança, fé, perdão e amor. Muito amor! Estou adorando dividir o palco com o Tadeu (Aguiar), que me convidou, para cantar essas músicas deliciosas, que vão conduzindo as lembranças dos personagens. Além disso, o (autor Artur) Xexéo redescobriu algumas canções natalinas brasileiras simplesmente deslumbrantes. O espetáculo é apaixonante, surpreendente e lindo. Lindo e leve! Tudo o que o público precisa e gosta de ver e ouvir.
O repertório tem uma série de músicas muito conhecidas, mas algumas mais obscuras. Houve alguma descoberta que tenha te surpreendido especialmente, algum compositor que você jamais imaginou que tivesse escrito uma música natalina?
Honestamente, não conhecia muitas músicas natalinas, mas me impressionou muito saber que Chico Buarque já compôs uma (Tão Bom que Foi o Natal). Nunca sequer ouvi essa música, mas é um luxo, como tudo o que ele faz.
Como é a sua relação com o Natal?
Quando eu era criança, passávamos todo Natal com a família em Teresópolis, e era sempre muito bom. Infelizmente, fui perdendo os parentes, a família foi diminuindo, os primos e irmãos foram cada um pro seu lado, e obviamente nada se compara aquela época, mas temos festa todo ano com amigos, mãe, sogra, marido. É outra emoção, é uma data muito bonita de confraternização, paz e união. Acho que temos que estar com pessoas que amamos, essa é a maior importância do Natal para mim.
Você tem uma história longa de musicais com o Charles Möeller e o Claudio Botelho. Como é, pra você, fazer um musical sob outra direção?
Na verdade, eles são os diretores com quem mais trabalhei até hoje, mas já fui dirigida por Miguel Falabella, Karen Acioly e, inclusive, o Tadeu Aguiar. Acho maravilhoso existir essa diversificação de diretores, autores, atores… Eu adoro o novo, adoro desafios, e essa é a primeira vez que estou trabalhando com Jaqueline Laurence, que vem de uma outra escola, não exatamente a de musicais, mas tem uma bagagem maravilhosa e ideias geniais, além do humor, o que é ótimo!
Como anda a temporada de Discotheque, seu show com músicas da era disco?
Maravilhosa. Afinal, é difícil fazer um show de músicas dançantes num palco de teatro, mas estou surpresa com a aceitação e presença do público. Quem sabe até não prorrogamos?
Quando você estreou esse show no Espaço Sesc, imaginava que ele fosse ser esse sucesso?
Imaginava que marcaria mais um momento da minha carreira, por ser algo verdadeiramente meu. Esse repertório foi minha escola , tenho o maior orgulho de ter “aprendido a cantar” com as cantoras dessa época, que cantavam muito, tinham suingue, mas eram melodiosas acima de tudo.
Há planos de transformar o show em um projeto para eventos particulares, como festas de aniversário ou casamento?
É questão de oportunidade. Se rolar convite, não nego de modo algum, vou aonde o povo está!