Crítica: Atreva-se
✪✪✪✪ ATREVA-SE, de Mauricio Guilherme. Combinar o clima soturno do cinema noir com o humor debochado das comédias nonsense é uma ousadia que justifica o nome da peça. Cheia de referências a clássicos do suspense, como Psicose e Rebecca, a Mulher Inesquecível, a comédia apresenta uma mansão sinistra que, em 1963, está sem moradores e […]
✪✪✪✪ ATREVA-SE, de Mauricio Guilherme. Combinar o clima soturno do cinema noir com o humor debochado das comédias nonsense é uma ousadia que justifica o nome da peça. Cheia de referências a clássicos do suspense, como Psicose e Rebecca, a Mulher Inesquecível, a comédia apresenta uma mansão sinistra que, em 1963, está sem moradores e à venda. Por duas vezes, ao longo dos 35 anos anteriores, a casa foi palco de acontecimentos macabros. Esqueça qualquer pretensão de estabelecer associações lógicas entre os dois episódios do passado e o presente: o tom reinante aqui é o do absurdo. Desdobrando-se com gosto em vários personagens, Marcos Veras, Júlia Rabello e Carol Martin fazem troça de clichês cinematográficos. Hilária, Mariana Santos intercala as cenas na pele de uma lanterninha de cinema e interage com a plateia. Direção de Jô Soares (75min). 14 anos.