Crítica: Beatriz
✪✪✪ BEATRIZ, adaptação de Bruno Lara Resende a partir da obra de Cristóvão Tezza. Para celebrar seus 21 anos, a Cia. Atores de Laura voltou a beber na fonte de Cristóvão Tezza — autor de O Filho Eterno, base para o bem-sucedido espetáculo montado pela trupe em 2011. Desta vez, a adaptação mescla três obras de […]
✪✪✪ BEATRIZ, adaptação de Bruno Lara Resende a partir da obra de Cristóvão Tezza. Para celebrar seus 21 anos, a Cia. Atores de Laura voltou a beber na fonte de Cristóvão Tezza — autor de O Filho Eterno, base para o bem-sucedido espetáculo montado pela trupe em 2011. Desta vez, a adaptação mescla três obras de Tezza: dois contos do livro Beatriz e o romance Um Erro Emocional. Na comédia, o escritor Paulo Donetti (Paulo Hamilton) contrata a personagem-título (Ana Paula Secco) para fazer uma primeira leitura crítica de seu próximo trabalho e os dois acabam se envolvendo. Com livros como ponto de partida e um autor entre os personagens, o diretor Daniel Herz parece querer evidenciar o caráter de adaptação da peça, além da importância da palavra: Paulo e Beatriz às vezes narram o que acontece e enunciam em voz alta não apenas o que falam, mas também aquilo que sentem, em um divertido descompasso. Entrosados, Hamilton e Ana Paula divertem a plateia sem se render ao humor raso.