Crítica: Philodendrus
✪✪✪ PHILODENDRUS, criação coletiva de Cristina Moura, Felipe Abib, Fabricio Boliveira, Goos Meeuwsen, Helena Bittencourt, Thiare Maia e Luciana Paes. Não é fácil definir Philodendrus — e isso, surpreendentemente, não é um problema. Dirigido pela coreógrafa Cristina Moura, esta ousada mescla de dramaturgia, dança e performance apela menos ao entendimento racional do que à fruição estética. Inspirados pela […]
✪✪✪ PHILODENDRUS, criação coletiva de Cristina Moura, Felipe Abib, Fabricio Boliveira, Goos Meeuwsen, Helena Bittencourt, Thiare Maia e Luciana Paes. Não é fácil definir Philodendrus — e isso, surpreendentemente, não é um problema. Dirigido pela coreógrafa Cristina Moura, esta ousada mescla de dramaturgia, dança e performance apela menos ao entendimento racional do que à fruição estética. Inspirados pela história real da neurocientista americana Jill Taylor, vítima de um derrame aos 37 anos, mas totalmente recuperada, e pelo livro A Vida Secreta das Plantas, que postula uma capacidade de sentir por parte dos vegetais, Cristina, os demais atores que dividem o palco com ela (Felipe Abib, Fabricio Boliveira, Goos Meeuwsen, Helena Bittencourt e Thiare Maia) e Luciana Paes, da Cia. Hiato, criaram uma encenação na qual cientistas discorrem sobre botânica e neurologia em uma conferência. Em meio a movimentos coreografados, brotam cenas com falas permeadas de humor à Monty Python. No geral, a falta de uma dramaturgia convencional pode ser um obstáculo, mas, para quem embarca na proposta junto com o apaixonado elenco, o resultado é instigante.