Copenhagen
As pessoas aqui são elegantes no maior sentido da palavra: através de suas atitudes: são simpáticas, atenciosas, respeitam as diferenças. Além de tudo desconfio que sejam o povo mais bonito do planeta. Os sedentários são poucos, pois todo mundo anda de bicicleta para todos os cantos. Ajuda o fato de que a cidade é plana e as ciclovias são levadas a sério, sendo mais importantes do que a rua dos carros.
Viemos para Copenhagen depois do casamento de minha irmã na Alemanha. E viajamos de carro, o que foi uma burrice, pois ele ficou estacionado os quatro dias que passamos na cidade. Tudo, tudo mesmo se faz de bicicleta, a pé, de barco ou no máximo de trem ou de ônibus, nem Uber a gente pega. E o carro foi um estorvo, não se pode deixá-lo na rua e o estacionamento tem que ser renovado a cada 12 horas. Não se pode nem pagar a diária completa, tem que ir ao local a cada 12 horas e trocar o papelzinho, caso contrário é multa. Dica preciosíssima: vá de trem ou de avião.
O que fazer
Quatro dias inteiros foi pouco. Queria ter tido pelo menos uma semana ali, para ter tempo de experimentar tudo com calma. Vamos lá:
Paque Tívoli: Quem viveu a infância no Rio e tem entre 40 e 50 anos deve lembrar da nossa versão tupiniquim da Lagoa. O original vive em Copenhagen. O parque é liiindo! Nada a ver com Disney, é parquinho antigo, cheio de diversões gostosas e vintage . Imperdível é ir lá por volta das 5, 6 horas da tarde – durante o verão, bien sûr– e comer um cachorro quente delicioso, ver as luzes do Parque se acenderem. É diversão para adultos e crianças. Não perca.
Tem que fazer um tour de barco. É turístico e deslumbrante ao mesmo tempo. Importante: leve uma garrafa de vinho e copos. E mais legal ainda se levar uns belisquetes. Dá para comprar tudo na rua das lojas da alameda Stroget (fechada para carros, é a maior rua de pedestres da Europa), passa pelo Kings Square. Atente que existem alguns horários em que oferecem um guia que fala português (brasileiro!) no barco. Copenhagen Opera House: é um teatro impressionante, moderno chique e encravado no meio de uma ilha. Vale a pena visitá-lo e se possível, assistir alguma das peças encenadas ali. Cristiania: bom isso é um capítulo a parte. Cristiania é considerada um “Free Town”. Você entra dentro de um parque e lá está a pequena vila hippie. É uma viagem aos anos 60/70, você vai encontrar figuras saídas diretamente do túnel do tempo, algumas galerias de arte doidonas e restaurantes de comida orgânica e natural. Bom, mas não é apenas por isso que Cristiania é conhecida. Lá é como Amsterdam, liberado comprar e fumar a Maria Joana pelas suas ruas, o que não acontece no resto da cidade. Lousiannia, embora os nomes rimem, uma coisa não tem nada a ver com outra. Lousiannia é um museu de arte moderna fora de Copenhagen com uma área aberta e voltada para o mar, numa interação perfeita com a natureza e 4 pavilhões distintos em que cada um recebe uma exposição diferente, além das exposições ao ar livre. O restaurante tem um bufê delicioso ou serviço a la carte. Não deixe de passar na loja do museu que traz uma amostra instigante do design Dinamarquês para levar para casa. Para chegar: é preciso pegar um trem , numa viagem que passa por meio de florestas, de 40 a 50 minutos. Imperdível, lembra Inhotim, só que bem menor.
Compras
Em primeiro lugar: DESIGN! Além da loja do museu de Lousiannia, temos na rua de pedestres Stroget (que eu citei acima, vale a pena passar um dia entrando e saindo das lojinhas – que tem de tudo, das grandes redes às exclusivamente dinamarquesas :
Illum Bolighus: Imperdível! Se for para escolher apenas um local para shopping, que seja aqui. Garanto que você não consegue ficar menos que 2 horas nessa loja. Tem todo design dinamarquês que você possa sonhar. De garrafas térmicas íncríveis a puxadores, abajures, louças e enfim toda uma gama de bugigangas irresistíveis!). Royal Copenhagen Porcelain: Louça pintada a mão, tem que conferir, mesmo que não seja para comprar, por uma questão de cultura geral até. Crime Passionel pra quem gosta de perfumes, é um parque de diversões. . Aliás, é só descer a Stroget que opções não vão faltar. Note que mesmo nas lojas de rede que você encontra no mundo todo, como Topshop, H&M e até Urban Outfiters tem coleções exclusivas com uma pegada chique-confortável feitas por estilistas dinamarqueses por um preço superacessível. Sogreni: Bicicletas maravilhosas, design vintage, feitas à mão. (essa não fica na Stroget, mas vale a pena fazer uma visita, caso você seja, como eu, louco por bikes: Sankt Peders Stræde 30A)
COMER
Na cidade tem de tudo. Da experiência deliciosa dos mercados até a mais alta gastronomia do planeta. Aqui está o NOMA, o restaurante que colocou a Dinamarca no mapa da elite gastronômica mundial. É daqueles que trazem um prato e um fone de ouvido para – segundo eles – ampliar a experiência. Não é exatamente meu estilo, mas faz muito sucesso e é preciso fazer a reserva com bastante antecedência.
Além do Noma, outras opções sofisticadas: Geranium (já existe há um tempinho e ultrapassou o Noma na avaliação do Michelin) E é perto do Jardim Botânico de Copenhagen, visitá-lo e depois almoçar no Geranium, é uma experiência divina – e cara. Era Ora (restaurante italiano incrível. Mistura muito bem feita de tradição e modernidade) Restaurant Paustian / Bo Bech (do chef estrela Bo Bech, tem uma cozinha conceitual, que trabalha com ingredientes super frescos e de época, bem dentro da gastronomia dinamarquesa de ser.)
Mais acessíveis & adoráveis ( sinceramente, meus preferidos): Torvehallerne. É o “mercadão”de Copenhagen. Simplesmente eu AMO visitar os mercados, um lugar pra gente experimentar os verdadeiros e mais frescos sabores da terra, além das flores e frutas, varias casas de sanduiche, carnes e frutos do mar. A limpeza e organização chamam a atenção. Poderia voltar aqui dias seguidos Sticks & Sushi (primeira vez que eu vejo modernidade e sushi juntos dando um resultado delicioso. Alem dos sushis aqui tem umas robatas incríveis (os sticks do nome. Peça o combinado de sticks e o bowl de arroz de sushi com todos os tipos de peixe por cima, inclusive vieiras maravilhosas) Aamaans: essa é outra mistura super bacana de autentica cozinha dinamarquesa com um twist contemporâneo. Sem invencionice. Comidas despretensiosas e deliciosas: em Criastiania existem varias opções de restaurantes orgânicos e despretensiosos. Arrisque as comidinhas de rua, como o hot-dog do Tívoli e trailers que vendem uma especialidade Húngara (como se fosse uma esfiha de massa de batata) com recheios diversos. Irresistível.
DORMIR: Existem opções que valorizam o confortável design dinamarquês e opções bem localizadas. Como todo mudo anda a pé, procure um que fique nas mediações da rua Vesterbro, que além de ser perto da Central Station é walking distance das mais importantes atrações. Mas há opcões sedutoras também em outras regiões: Hotel Skt. Petri: bem chique, bem design, o povo da moda adora. First VESTERBRO, um hotel com bom custo benefício. Sendo o maior benefício é estar bem localizado. E para quem viaja com crianças. Hotel Alexandra, lindo de morrer, design total Danish classic por onde quer que você olhe. www.hotel-alexandra.dk Hotel Fox Esse é beeem muderninho. Funny. Entre no site para entender: hotel@hotelfox.dk. Imperial Hotel. Bem localizado, bonitão, grandão . www.imperialhotel.dk
Ufa, e isso é porque eu fiquei pouco nesta cidade encantada. Mas, ah, eu volto.