“Parece um pastel de carne turbinado. Acho que foi a coisa mais diferente que já comi”, brinca Felipe Garcez, segundos depois de experimentar um prato lançado há poucos meses num bar no Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Trata-se do hambúrguer de pastel, que leva cebola frita, queijo, alface e tomate, além de, claro, hambúrguer. No lugar do pão, dois pastéis de vento crocantes.
“O único defeito é que é muito pequeno”, conclui Felipe ao liquidar em minutos o item mais inusitado do cardápio do Bar do Adão. A iguaria estreou em maio e já chamou atenção pela mistura incomum de duas das opções mais populares. O sucesso do hambúrguer de pastel é só uma prova de que, no Rio de Janeiro, tem comida para todos os gostos. Literalmente.
Explorar as opções gastronômicas da cidade é também uma maneira de se reconectar com cada cantinho do Rio de Janeiro, como propõe o projeto #hellocidades, idealizado pela Motorola. Quem é bom de garfo não mede esforços para realizar desejos do estômago. Felipe Garcez, que é analista de TI, mas sonha em estudar gastronomia, já cruzou a cidade em nome da comilança.
“Já saí do Recreio dos Bandeirantes para jantar em Santa Teresa só porque me disseram que a comida era boa. Nem valeu tanto a pena, mas não me arrependo. E iria mais longe ainda. Acaba valendo muito pela experiência de ver um lugar diferente, né?”, diz.
E se a sua fome fosse também ligada à necessidade de viver algo diferente no Rio? Junto com Felipe, selecionamos algumas opções gastronômicas imperdíveis para quem topa se desviar do caminho normal para redescobrir a cidade sobre a mesa.
Comida com cultura: Feira de São Cristóvão
Basta cruzar o pavilhão de São Cristóvão, e as diversidades cultural e gastronômica do Norte e Nordeste brasileiros tomam conta. São centenas de barracas e lojas com uma infinidade de produtos artesanais dessas regiões, que formam um cardápio bem diferente do que é servido nos botecos da zona Sul. Tem feijão verde, baião de dois, pato no tucupi, sarapatel e tapioca.
Para Magna Fernandes, gestora da Feira, “é uma explosão de sabores e de saberes que rememora a casa de qualquer nordestino e nortista”. A experiência vale por duas: é bom para quem nunca foi a essas partes do Brasil, e melhor ainda para quem ainda não conhece o bairro de São Cristóvão.
O espaço funciona de terça a quinta (10h às 18h). No fim de semana, a casa abre às 10h de sexta e só fecha às 21h no domingo. Fica no Campo de São Cristóvão S/N, Pavilhão de São Cristóvão, Bairro de São Cristóvão.
Comida com causa: salgados árabes
Nas ruas do Rio, é cada vez mais comum ver barraquinhas de salgados árabes. No entorno da estação do metrô de Botafogo há pelo menos três. Isso porque muitos sírios que vivem no Brasil como refugiados encontraram na habilidade de fazer quibes e esfihas uma maneira de sustentar suas famílias.
Sem previsão de retorno para seu país, por conta da guerra civil em andamento desde 2011, eles compartilham com os brasileiros o melhor da culinária típica. Os preços são ótimos e o sabor dos salgados também! Prova disso é que as barraquinhas já se espalharam pelo Centro, Tijuca, Copacabana e muitos outros pontos da cidade. Vale a pena explorar — e experimentar.
Comida para a alma sem perder a ternura: Dona Vegana
Quem para na Avenida Marechal Floriano, 13, Centro, de segunda à sexta, das 8h às 18h, vai encontrar uma série de opções alinhadas com o princípio do veganismo. Nada de comida sem graça. “Nossa ideia foi sair do lugar comum e fazer com que as experiências que as pessoas já têm fossem repetidas em receitas com ingredientes mais saudáveis, nutritivos e igualmente saborosos”, diz Michel Mekler, um dos sócios do Dona Vegana, que já funciona há quatro anos. Ele assegura: “aqui é tudo com sabor e sem dor.”
O restaurante trabalha com opções sem glúten e tem no cardápio acarajé, coxinha de “carne” de jaca, feijoada com tofu defumado, bobó de palmito e bolonhesa de lentilha como algumas das delícias que podem ser experimentadas. Além das refeições (café da manhã e almoço), são oferecidos cursos de culinária vegetariana, para quem deseja levar a prática para a casa e para a vida.
Comida para quem tem fome a qualquer tempo: Ziper
O espaço nasceu apenas como delivery, mas acabou se tornando ponto de encontro em Botafogo para quem está voltando da noitada e quer matar a fome com comida gostosa. Pizzas, hambúrgueres, wraps, massas e brownies, além de uma variada carta de cervejas e outras bebidas, são servidos a partir de 18h até as 6h.
João Ricardo é um dos idealizadores do espaço, que fica na Rua Mena Barreto, 90B, em Botafogo. Para ele, a Ziper representa “comida de qualidade para os momentos mais difíceis. É um local em que você come e bebe em horários alternativos, quando as opções são bem restritas e, de quebra, participa de um espaço agregador.” A fome bateu? Corre lá! A Ziper funciona todos os dias.
Comida para alegrar a barriga: Sanduba di Boteko
A última dica fica na Tijuca, na Rua Jurupari, 46, próximo à praça Saens Peña. A coxinha aberta surgiu como uma ideia inusitada para renovar o cardápio, a partir de um prato que já existia no bar, a empada aberta. Acabou virando carro-chefe! Os sabores são de dar água na boca: camarão com catupiry, napolitano (presunto, queijo e tomate) e, a mais pedida, picanha com barbecue.
Para Fernando Santos, proprietário do espaço, o segredo está em “manter a qualidade, o padrão e o cuidado com cada prato”. O Sanduba di Boteko fica aberto de segunda a sexta, a partir de 10h, até que o último cliente saia.
Agora é a sua vez de seguir o exemplo de Felipe e explorar a cidade. Viva cada uma dessas experiências gastronômicas e encontre outras que agradem o seu paladar. Depois, compartilhe o momento usando a hashtag #hellocidades para se conectar à plataforma da Motorola que incentiva a reconexão de pessoas pelas cidades com o uso consciente da tecnologia. Para saber mais, acesse o hub hellomoto.com.br.