Desde o segundo trimestre do ano passado, a quantidade de vendedores de quentinhas espalhados pelas ruas do Rio de Janeiro subiu de 7.992 para 45 mil. O dado do IBGE revela que a iniciativa é a opção de muitos trabalhadores cariocas para se livrar da crise, seja complementando a renda ou mesmo tendo o comércio de alimentos como sua principal fonte de recursos.
Os pontos de venda são ocupados desde a manhã por vendedores carregando isopores e bolsas térmicas, ou mesmo por carros com o porta-malas aberto cheios de marmitas. O valor médio dos pratos varia entre R$ 10 ou R$ 12 e, para conquistar os clientes, algumas opções ainda são acompanhadas por bebidas ou sobremesas.
Na Zona Sul, o Aterro do Flamengo tem um trecho específico onde motoristas se reúnem para degustar as marmitas. Há ainda quem usa o próprio veículo para a venda nas horas vagas. O movimento é tão grande que chega a afetar restaurantes locais, mas a competição dentro do próprio “mercado das quentinhas” também é grande, já que surgem cada vez mais vendedores.