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COMER & BEBER 2016: Cecilia Aldaz é a sommelière do ano

Parceira do chef do ano Felipe Bronze, ela recorre a vinhos diversos, cerveja e até drinques para proporcionar uma experiência única

Por Fabio Codeço
Atualizado em 5 dez 2016, 11h11 - Publicado em 22 jul 2016, 01h00
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  • Nem tudo é novidade no redivivo Oro, restaurante de volta à ativa desde abril, no Leblon. A dona do sorriso flagrado nas fotos ao lado retomou o papel que cumpria antes, além da parceria com o cozinheiro e marido Felipe Bronze, o chef do ano. E, após apenas dois meses de labuta, levanta a taça para comemorar seu terceiro campeonato na categoria. Nascida em Mendoza, a principal região produtora de vinhos da Argentina, Cecilia Aldaz esbanja graça e segurança no comando do salão do melhor restaurante de cozinha contemporânea da cidade. Além de orquestrar o serviço, eficiente e sem afetação, a sommelière cuida da adega, com 120 rótulos. A seleção vai dos grandes centros, como França e Itália, às nações que começam a despontar na indústria vitivinícola, a exemplo da Croácia. Sua atividade influencia diretamente a experiência do comensal à mesa. Ela elabora as harmonizações com as duas opções de menu degustação oferecidas no restaurante — não há sistema à la carte. Cecilia foge das escolhas óbvias. Prima pela originalidade, surpreendendo a cada etapa do jantar. Para atingir esse objetivo, pode recorrer a drinques, como a mistura de espumante francês com carambola servida ao lado do éclair de foie gras, chocolate branco e bacuri. Em outras ocasiões, já casou receitas com cerveja e cachaça, ousadia seguida por colegas de profissão. Na seara dos vinhos, propõe uma volta ao mundo através das taças. A jornada pode começar com espumante brasileiro, seguir por um branco da África do Sul, passar pela Eslovênia, incluir um tinto de Israel e desembocar em um fortificado húngaro. Estudiosa e inovadora, a melhor sommelière da cidade não se intimida diante do desafio de encontrar a companhia adequada para pratos difíceis, como o arroz meloso, feito com favas e gema de ovo caipira defumada. “Escolhi um vinho do Líbano, muito original, com notas de especiarias. O forte é o frescor, não o tanino”, justifica. Para provar o talento da moça, o comensal paga R$ 180,00 (menu criatividade) ou R$ 90,00 (afetividade), além do valor da sequência de pratos escolhida. Caro? É, mas, pensando bem, trata-se de experiência única ao preço de uma simples garrafa listada na carta.

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