A clientela do requintado endereço de cozinha oriental já sabia: além das saborosas receitas, a casa na Lagoa oferece uma rica seleção de espumantes, brancos e tintos. Elaborada a quatro mãos pelo gerente-geral, e especialista no assunto, Eder Heck, e pelo sommelier Marcelo dos Santos, a carta contempla cerca de 450 rótulos, do Novo e do Velho Mundo. A lista inclui pedidas curiosas, a exemplo do Guaspari Rosé 2015 (R$ 137,00): produzido com uvas syrah no interior de São Paulo, lembra, na cor e nos aromas, os exemplares da Provence, região francesa que é referência nesse tipo de vinho. Também são oferecidas dicas pouco triviais, como o branco austríaco Grüner Veltliner Spiegel (R$ 224,00). No quesito raridade, porém, nada barra as safras que repousam na adega de aço escovado exposta como uma obra de arte no mezanino da casa. Fabricado pela Porsche, o equipamento de design futurista tem doze prateleiras com iluminação individual, cada uma delas originalmente ocupada por uma garrafa magnum (1,5 litro) de colheitas raras do champanhe Veuve Cliquot (de 1955 a 1990). O preço desses tesouros líquidos varia de R$ 6 710,00 a R$ 8 250,00 — três já foram vendidos. Única na América Latina, a adega pertence a uma tiragem de apenas quinze unidades, lançada em 2007 pela maison. Voltando à realidade: uma sugestão de melhor relação entre qualidade e preço, o branco esloveno Marjan Simcic 2014, fresco e floral, feito com a típica uva rebula, custa R$ 181,00. Para acompanhar o clássico pato de pequim (R$ 190,00), o sommelier Santos sugere um pinot noir, cepa que rende tintos mais leves. Uma opção, o Rippon Pinot Noir 2008 tem preço salgado (R$ 459,00), mas é um dos grandes exemplares da Nova Zelândia, país que se tornou referência fora da França na produção de vinhos com essa casta. Mais em conta, o alemão Red Rabbit Pinot Noir 2013 sai a R$ 188,00.