Em busca de boas ondas, o então jovem surfista, nascido em São Paulo, criado em Florianópolis e com cidadania portuguesa, arrumou as malas e se mandou para a Austrália. Era 2003. Chegando lá, os ventos sopraram em outra direção: depois de se formar em gastronomia pela escola Tafe Queensland, Tai Barbin decidiu trocar as pranchas pelas coqueteleiras. Sorte nossa. Desde junho de 2015, e depois de doze anos trabalhando na Oceania e na Europa, o mixologista vem chamando atenção do lado de dentro do balcão do Bar d’Hôtel — e não é só por causa das vistosas gravatas-borboleta estampadas que usa. Ele conquistou prestígio preparando as criativas receitas, com ingredientes de produção própria, que deram à casa o prêmio de melhor carta de drinques da cidade na última edição do COMER & BEBER.
Depois de lançar seu novo, e mais ousado, menu autoral, Barbin foi consagrado neste ano como o melhor bartender da cidade, desbancando o tricampeão Alex Mesquita, que deixou o Paris Bar em maio de 2016. Mas, assim como o antecessor no pódio, o moço de 31 anos deve deixar, até o fim de agosto, o posto em que foi revelado. Quem quiser atestar seu talento in loco, portanto, deve se apressar. Em seu lugar, ficará o amigo português Daniel Carvalho, com quem morou e dividiu o balcão em Londres e Ibiza. Sai junto com ele seu “braço-direito e esquerdo”, o barman Jonny Paes. Nos planos, um canal de drinques no YouTube e, até o fim de 2016, um novo projeto na cidade, conceitual, ainda cercado de mistério. Ah, e para quem curte o figurino do bartender campeão, uma boa notícia: ele também está lançando sua marca de roupas, a Bow Tai. Em destaque, como entrega o engraçadinho trocadilho em inglês, 25 variações em torno de suas singulares gravatas.