De cozinhas abertas
Aberto em junho, o Ró ocupa um belo casarão dos anos 20, remodelado por projeto do arquiteto André Piva. Na cozinha, com um pé na alta gastronomia, não há fogão. Isso mesmo. Especializada na chamada raw food (“comida crua”, em inglês), a chef Inês Braconnot não submete seus ingredientes a temperatura acima dos 42 graus. Levadas à mesa com bela apresentação, as originais receitas da casa dispensam produtos de origem animal e, acredite, ninguém sai de lá com fome. O ponto recém-chegado ao Jardim Botânico (Rua Pacheco Leão, 102, ☎ 3559-0102) abre caminho para uma leva de boas-novas na culinária carioca. Confira outras atrações por vir — com inauguraçãoprevista para até agosto de 2016 — e programe-se.
› Capim Santo. O bem-sucedido negócio da chef Morena Leite ganha filial no VillageMall
› Da Bela. A apresentadora Bela Gil abre duas casas de comida natural em hotéis Best Western, no Arpoador e na Barra
› Galeto Sat’s. O bicampeão na categoria saideira ganha filial no número 216 da Rua Real Grandeza, em Botafogo
› Massa. Nova empreitada do chef revelação Pedro Siqueira, vai ocupar a Rua Dias Ferreira
› Pipo. A casa mais informal de Felipe Bronze, eleito o chef do ano, reabre no Fashion Mall
› Vogue Gourmet. Projeto de Ricardo Amaral, o complexo gastronômico com numerosas atrações, do Prosa na Cozinha à nova Gattopardo Trattoria, abre as portas na Barra
Nas torneiras
Sem dar sinal de cansaço, o crescimento do mercado de cerveja artesanal levou o número de torneiras nos balcões da cidade a se multiplicar em igual velocidade. Até agosto de 2016, os sócios do Delirium Café abrem, também em Ipanema, a Tap House, com vinte torneiras de chope. O Beer Lab (nove), em Copacabana, e o Hop Lab (trinta!), na Praça da Bandeira, têm inauguração prevista para o mesmo mês. Em setembro, em Botafogo, será a vez do Hocus Pocus DNA (foto), gastrobar da cervejaria carioca Hocus Pocus, com catorze bicos.
Saudade
Fundador do Antiquarius, o restaurante português mais famoso da cidade, Carlos Perico trocou o Alentejo pelo Rio em 1976 e abriu sua casa no ano seguinte. Desde então, era visto praticamente todos os dias no salão. Criou receitas inesquecíveis, a exemplo do glorioso arroz de pato, tornou-se amigo de seus clientes ilustres e fez a fama do ponto no Leblon. Sua morte, aos 81 anos, no último dia 25 de junho, foi sentida pelos amantes da melhor gastronomia carioca e lança dúvidas sobre o futuro do estabelecimento, hoje nas mãos de seu sucessor, Carlos Perico Filho.
SOBE
› Feiras gastronômicas (Junta Local, Carioquíssima Gourmet, Coro Come e Pôr do Sol na Lagoa, entre outras) tornaram-se a boa dos fins de semana
› Recipientes inusitados para drinques fazem a alegria dos clientes de casas como Bar d’Hôtel, Caverna, Paris Bar e Sobe (foto)
DESCE
› Dois projetos de expansão naufragaram nos últimos meses. O Lima Restobar, peruano inaugurado em 2013, deu tão certo que inspirou a abertura de duas filiais, além da sanduicheria El Chalaco e do contemporâneo Tupac. Fecharam todos os pontos, menos a matriz. O Entretapas, de cozinha espanhola, fez trajetória semelhante, estendendo-se por uma filial em Ipanema e o mais rebuscado Ibérico, mas hoje se limita ao endereço original, em Botafogo
AVISO
Espertalhões costumam se aproveitar das informações publicadas a cada edição do COMER & BEBER para visitar estabelecimentos e, em nome de VEJA RIO, vender placas de “premiação”. Os prêmios verdadeiros são distribuídos em cerimônia promovida pela Editora Abril — o resto é enganação e, mais que isso, crime.
