A edição especial COMER & BEBER 2018/2019 apresenta os melhores bares da cidade. Abaixo, a seleção de endereços da Zona Norte:
GRAJAÚ
Bar do Adão. Com gigantesca variedade de sabores de pastel, o estabelecimento despojado no coração do bairro caiu no gosto do público e vem expandindo seus domínios por toda a cidade. Apenas em 2018 já foram abertas quatro unidades, e mais uma está a caminho. Na matriz, no Grajaú, tem pastel em dobro às segundas a partir das 18h. Nas outras unidades, o dia da promoção pode variar. As sugestões partem de pedidas triviais, como queijo de minas com tomate (R$ 5,90) ou carne com alho (R$ 6,50). Homenagem à casa de shows nas proximidades da loja do Méier, o imperator (R$ 7,50) angariou popularidade em todas as unidades com a combinação de salmão, cream cheese e cebolinha. O chope Brahma (R$ 6,50, 300 mililitros) divide espaço no cardápio de bebidas com garrafas de Original, Budweiser e Serramalte (R$ 14,50, 600 mililitros). Inaugurada em junho, a loja de Ipanema ganhou carta de drinques única em toda a rede.
Bar do Mariano. Há três gerações nas mãos da família Simões, o boteco plantado em agradável esquina há quase oitenta anos aproveitou a recente onda dos bares do Grajaú. Atualmente à frente do negócio, Marco André, neto do fundador e filho do Mariano que dá nome à casa, encarregou-se de renovar o cardápio de petiscos. Encontram-se por lá bolinhos de arroz recheados de camarão ou carne-seca (31,90 a porção com seis), além das populares versões de feijoada, que podem envolver carne-seca, couve ou os dois ingredientes (R$ 9,90 a unidade). Criação recente, a costela em farrapos (R$ 25,90) é uma porção da carne bovina desfiada temperada no vinho com especiarias, salpicada de queijo de coalho e pimenta-biquinho, servida sobre creme de milho. Fazem muito sucesso, devido à boa relação entre custo e benefício, as cracudinhas, como são conhecidas as garrafas de 300 mililitros de Colorado (R$ 4,90) e Original (R$ 3,90). No tamanho convencional, com o dobro de volume, tem Brahma e Antarctica a R$ 9,90 e Heineken a R$ 12,90.
Buteco Dus Deuses. Croquetes (R$ 8,00 cada um), em boa variedade, são as estrelas do cardápio. No agradável endereço no Grajaú, são servidas dezoito versões do salgado, entre as quais a de carne com gorgonzola e a de carne-seca com provolone. O carro-chefe divide as atenções com opções mais recentes, a exemplo da coxinha de rabada (R$ 8,90 a unidade), com fina massa à base de batata e recheio generoso. Duas sugestões preparadas na brasa conquistaram a freguesia pelo aspecto suculento e pela generosidade das porções, de 1 quilo de carne: o cupim e a costela de porco barbecue (R$ 40,00 cada pedida). Vale a visita ainda o sanduíche de linguiça, também assada na churrasqueira, servido com queijo, no pão francês (R$ 16,90). Aposta antiga, as cervejas artesanais sumiram da geladeira. Resta aos presentes se refrescar com Heineken (R$ 13,00 o casco), Amstel, Eisenbahn e Original (R$ 12,00 cada uma). Curiosidade: o ponto era o do antigo Bar du Bom, mas a principal mudança foi no nome mesmo.
Enchendo Linguiça. Sucesso de crítica e público, o bar tem dois pontos fortes: os embutidos de fabricação própria e o joelho de porco preparado no forno elétrico, daqueles típicos de padaria, conhecidos como “televisão de cachorro”. Depois de girar horas e horas a fio, a iguaria (R$ 79,00) chega às mesas, na companhia de duas guarnições, com aquela casquinha à pururuca irresistível que já arrancou elogios do chef-celebridade Alex Atala. Às terças, a delícia é vendida com 30% de desconto, a R$ 55,30. Não há registro de outros endereços na cidade que preparem o schweinshaxe, em bom alemão. Já não se pode dizer o mesmo de outra invenção local, a linguiça croc (R$ 64,00, a porção). Ideia original, o embutido envolto em fina batata frita foi amplamente copiado. A autoexplicativa hamburguiça (R$ 25,00), um hambúrguer com linguiça caracol grelhada no lugar do blend, ganha mussarela, cebola, alface, tomate e molho da casa. Para acompanhar, escolha entre o chope Amstel (R$ 6,00, 300 mililitros) e garrafas de Antarctica, Brahma (R$ 11,00 o casco de 600 mililitros), Original (R$ 12,00) ou Heineken (R$ 13,00).
Santo Remédio. Distante do circuito badalado de outros endereços premiados no COMER & BEBER, o vencedor deste ano esbanja simplicidade com eficiência e tradição com bossa. Em sossegada esquina do Grajaú, os irmãos Fátima e Luiz Bezerra cativam a clientela, que se espalha pelas mesas na calçada, com recepção calorosa. O clima família é muitas vezes reforçado pela presença dos filhos da dupla, que ajudam no batente. O cardápio aposta em releituras saborosas de clássicos dos pés-sujos: estrela da lista, o muitas vezes renegado jiló ganha versão deliciosa, cortado em finas fatias e empanado com queijo parmesão (R$ 32,50). A mesma receita pode acompanhar a moela com chutney de manga (R$ 42,50) e o macio fígado acebolado (R$ 39,50). Outro petisco apetitoso, o bolinho de baião de dois (R$ 24,50, três unidades), de massa crocante, é recheado de arroz, feijão-de-corda, carne-seca e queijo de coalho. No almoço de sexta a domingo entram em cena receitas caseiras fartas. Indicada para duas pessoas, a picanha (R$ 89,90) é servida em quatro bifes altos, ao lado de farofa de ovos, feijão, arroz, molho à campanha e batata frita. Tudo regado a cerveja sempre gelada — Heineken (R$ 10,90) e Original (R$ 11,90) são as mais pedidas —, que este é um santo sem frescura.
ILHA DO GOVERNADOR
Bar do Camarão. Os frutos do mar dão o tom no boteco modesto que começou de maneira informal, ao lado de uma colônia de pescadores. O negócio deu tão certo que o dono, Arilson Gonçalves de Araújo, ficou conhecido como Camarão e teve de mudar seu estabelecimento para local mais apropriado, bem próximo da Praia do Zumbi. Nas mesas que se espalham pela calçada, a clientela se apraz com porções e mais porções de tubarel (R$ 29,90, seis unidades), pastéis de camarão com queijo em formato de arraia. A farta porção do crustáceo ao alho e óleo sai por R$ 65,90. Substanciosos, a sopa de siri ou o caldo de peixe (R$ 9,90 a tigela pequena; R$ 16,50 a grande) valem a suadeira. Dos raros itens que não vêm do mar, o quibe carioca leva carne de porco na massa, além do recheio de queijo e bacon (R$ 25,90, cinco unidades; R$ 42,90 a porção com dez). De segunda a quinta, o chope Brahma sai a R$ 4,70 na caneca Zero grau. Nos outros dias, são cobrados R$ 7,90. Se preferir cerveja, escolha entre Antarctica, Brahma, Skol (R$ 8,90, 600 mililitros), Original e Heineken (R$ 11,90).
MARACANÃ
Bar do Bode Cheiroso. Tradicional botequim tijucano, o estabelecimento caiu no gosto de moradores de outros bairros depois que o vascaíno Leonardo Soares, mais conhecido como Lelê, assumiu o negócio que pertence à sua família desde os anos 40. O ponto é saudado por fregueses fiéis como um lugar à prova de raios “gourmetizadores”. No cardápio sem frescuras, o pernil, que fica de três a cinco dias marinando antes de ir ao forno, é um dos pontos altos. A carne chega à mesa em porções (R$ 25,00, meia; e R$ 35,00, inteira) e recheia o sanduíche (R$ 14,00). Há ainda uma terceira pedida, o vai fundo (R$ 18,00), em que a carne desfiada é coberta por polenta cremosa gratinada com queijo provolone. Exposta na vitrine, a pancetta crocante (R$ 5,00) também tem seu fã-clube. Na ala dos pastéis, o recheio de moela custa R$ 6,30. O departamento de bebes é convencional. São servidas batidas de maracujá, limão (R$ 5,00 cada uma), coco e gengibre (R$ 6,00), além da cerveja, em cascos de 600 mililitros, das marcas Brahma, Antarctica (R$ 10,00 a garrafa), Amstel, Eisenbahn, Heineken (R$ 13,00), Serramalte (R$ 13,00) e Original (R$ 12,00). Nos dias de jogo no Maracanã, as portas costumam baixar mais cedo.
PRAÇA DA BANDEIRA
Bar da Frente. Sob o comando de Valéria Rezende e sua filha, Mariana, o bar foi inaugurado depois que o Aconchego Carioca atravessou a rua para ocupar um ponto mais amplo. Sem receio de possíveis comparações com o antecessor famoso, as duas fizeram bonito, investindo em receitas de tira-gosto criativas e apetitosas. É bom exemplo disso o fofinho de camarão, salgado de massa leve que lembra o clássico bolinho de chuva, mas recheado de camarão e queijo cremoso e servido com molho de limão e ervas (R$ 33,80, seis unidades). Pelo mesmo preço chega à mesa uma versão do crustáceo empanada no coco, acompanhada de molho de maracujá. Nessa ala dos comes, já é um clássico conhecido o porquinho de quimono (R$ 31,90, seis unidades), rolinho primavera com costelinha suína desfiada e requeijão de ervas. Elogiada, a seção de geladas exibe sessenta rótulos, a exemplo da india pale lager Botto Bier Delação Premiada (R$ 32,00, 600 mililitros). Da Rockbird, aparecem dois rótulos inventivos em garrafas de meio litro: a Taperebá (R$ 27,90), uma weiss que leva a fruta homônima, e a Whiskey Sour (R$ 34,00), ale inspirada no drinque. São opções mais em conta as garrafas de Heineken, Original, Eisenbahn e Amstel, a R$ 11,90 cada uma.
Bar e Lanchonete Rex. Instituição tijucana com lugares diante do balcão e em torno das mesas na calçada. Os mais chegados só sinalizam com os dedos para pedir a dose de coquinho, cachaça curtida no coco seco (R$ 4,00). Na churrasqueira a carvão, avistada do lado de fora através de uma vidraça, é preparado o frango assado de carne suculenta e pele tostada. O simples, com farofa e molho à campanha, custa R$ 22,00. Por R$ 38,00 é servida a versão completa, que traz arroz, feijão, fritas e farofa. A rabada é oferecida em versão aperitivo (R$ 6,00) ou completa, com batatas cozidas e agrião, além de arroz e feijão (R$ 17,00). Entre os tira-gostos, caldinho de feijão (R$ 8,00 a tigela) e frango à passarinho (R$ 25,00) também fazem companhia a garrafas geladas de Skol (R$ 7,00), Brahma ou Antarctica (R$ 7,50 cada uma). O lugar só aceita cartões de débito.
Botto Bar. Um dos pioneiros no ramo das cervejas artesanais no Rio, Leonardo Botto foi responsável pela formação de boa parte dos cervejeiros cariocas. Quando abriu o próprio negócio, em 2013, não teve para ninguém: o concorrido reduto na Praça da Bandeira levou por quatro anos seguidos o título de melhor chope da cidade, segundo o especial COMER & BEBER. No ano passado, ganhou duas filiais e chegou a somar 116 torneiras nas suas três casas. Com a chegada de novos endereços especializados e a saída de Leonardo Botto da operação, a celebrada empreitada acabou perdendo força. A unidade da Barra fechou as portas no fim de junho, e tanto a de Botafogo quanto a matriz contam com apenas dez torneiras na ativa em cada uma delas, incluindo uma de Heineken (R$ 9,90, 300 mililitros). Marcas como Labirinto, Mohave, Three Monkeys, Hocus Pocus e Oceânica costumam se revezar nos outros barris. Para acompanhar, há pedidas como o frikaburger, versão em sanduíche para o clássico frikadellen (espécie de bolinho de carne alemão), coberto por gorgonzola derretida e saladinha de repolho-roxo com maçã, no pão preto, acompanhado de batatas fritas rústicas, mostarda escura doce e blue cheese (R$ 35,00). Nos dois endereços há dias dedicados a música ao vivo, embalados por jazz, blues e rock, com cobrança de R$ 20,00.
Dida Bar. As receitas de inspiração afro-brasileira levaram a simpática dona do estabelecimento ao programa de televisão Que Marrravilha!, comandado pelo chef francês Claude Troisgros. Com a ajuda dos filhos, Dida Nascimento — que, por sua dedicação afetuosa no balcão e na cozinha, foi condecorada pela vereadora Marielle Franco na Câmara dos Vereadores — prepara petiscos inspirados. Os miniacarajés ganham acompanhamentos tradicionais: camarões secos, vatapá, caruru e saladinha de tomate (R$ 40,00, quatro unidades). O croque croc é um croquete de carne recheado de queijo e empanado em farinha de torresmo e banana (R$ 35,00, seis unidades). Apresentado na TV, o moçambicano cariu de camarão (R$ 49,00, para dois) é um prato que traz o crustáceo cozido em molho curry, servido num abacaxi, guarnecido de arroz e farofa. Para acompanhar, vale pedir a formosinha (R$ 20,00), caipirinha preparada com maracujá e pimenta-rosa. A ala das cervejas traz Eisenbahn, Original (R$ 11,90 cada uma), Heineken (R$ 12,90) e Serramalte (R$ 13,90). Rodas de samba e choro não têm dia fixo, mas são sempre anunciadas na página da casa no Facebook.
Hop Lab Pub. Com menos de um ano, o ponto cervejeiro desbancou favoritos e levou o prêmio de melhor Chope no especial COMER & BEBER 2017. Antes do segundo aniversário (em agosto), o endereço, que tem trinta torneiras, lançou cervejaria própria, ganhou o Pub no nome e segue entre os melhores pontos da cidade para provar bons rótulos. Listadas no painel eletrônico, as opções costumam incluir lançamentos cariocas e os dois rótulos da casa: a Dead Shot Monk, uma west coast IPA (R$ 19,00), e a czech pilsner Blank Mind Monk (R$ 16,00). Os preços são para 300 mililitros. Raridades como a sueca Omnipollo Selassie, imperial stout produzida com dez maltes, grãos de café da Etiópia e baunilha, além de exemplares das americanas Founders e Evil Twin, são exclusividade local. Para beliscar, prove a coxinha de marreco (R$ 32,00, quatro unidades).
Kalango. Uma, filha de paraibanos, o outro, de cearenses, Kátia Barbosa (Aconchego Carioca) e Emerson Pedrosa (ex-braço-direito de Roberta Sudbrack) buscaram inspiração nos sabores afetivos de infância para criar este arretado botequim de sotaque nordestino. Fartas receitas de família, servidas em pratos de ágata e louças antiguinhas, com preços que não assustam, renderam à casa o prêmio na categoria Bom e Barato na última edição do COMER & BEBER. Para beliscar, vá de pastel de moqueca de banana-da-terra com palmito pupunha ou coxinha crocante em massa de milho (R$ 10,00 cada escolha). No almoço, as sugestões variam diariamente: baião-de-dois cremoso com nata e queijo de coalho; arroz maria izabel, com carne de sol e abóbora; frango com pequi e mungunzá (espécie de canjica) com capote (galinha-d’angola) são algumas das combinações. Durante a semana, o “zécutivo” custa R$ 25,00 e inclui um caldinho, que pode ser de feijão-de-corda, por exemplo. Aos sábados e domingos, a pedida principal varia de R$ 32,00 a 45,00. Para beber, cascos de Amstel (R$ 10,00), Eisenbahn (R$ 12,00) ou Heineken (R$ 13,00) e caipirinhas (R$ 15,00) dão conta do recado. No diminuto salão voltado para a rua, cartazes coloridos com dizeres divertidos emolduram o espaço.
Noo Cachaçaria. O ambiente aconchegante e, em especial, a gigantesca variedade de cachaças fazem a fama do estabelecimento no concorrido point boêmio na Praça da Bandeira. Mais de 100 rótulos podem ser degustados puros ou como base de batidas (R$ 6,00 a dose) em sabores inventivos, como caju com manjericão, cupuaçu com rapadura e tamarindo com mel. Para dividir entre amigos, a sangrichaça, jarra de 1 litro com pinga misturada a frutas da estação (R$ 59,00), é excelente pedida. São tentações calóricas da seção de tira-gostos o torresmo (R$ 26,00 a porção) — preparado com a carne da barriga do porco em vez da pele — e o bolinho de tapioca com linguiça defumada e queijo (R$ 26,00). Opções mais light, o ceviche de peixe branco (R$ 28,00) é servido às terças e as ostras catarinenses (R$ 28,00 a porção com seis) dão o ar da graça às quintas.
Urbanito. Miúdo mas nada acanhado, o ponto de cervejas artesanais e cozinha urbana da sommelière Bianca Fraga instalou-se no fim de 2017 ao lado do Kalango (reduto nordestino de Kátia Barbosa). Desde então, vem dando nova vida à área, um pouco mais afastada do polo boêmio da Praça da Bandeira, com eventos e boas sacadas. Sobrinha de Rosa Ledo, sócia de Kátia no Aconchego Carioca, Bianca assinou a primeira carta de cervejas local. O cardápio traz pedidas espertas, com dicas para harmonizar com os cerca de trinta rótulos em garrafa ou lata, mais três na torneira. O saboroso croquete de palmito, com recheio cremoso e molho de ervas (R$ 24,80, quatro unidades), pede sugestões leves, como o chope pilsen da casa, produzido pela Lagos (R$ 9,50, 300 mililitros). Aos domingos acontecem brunches temáticos. Eventos na rua, invasões na cozinha e menus harmonizados com geladas fazem parte do calendário deste pequeno notável.
SÃO CRISTÓVÃO
Seu Cristóvão. A poucos metros da Quinta da Boa Vista e vizinho da Casa do Sardo, o estabelecimento fica de frente para um obelisco de origem um tanto controversa: o monumento foi um presente do ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, por ocasião de sua visita ao país, em 2009. Das geladeiras, escapolem Heineken (R$ 12,90), Original (R$ 11,90), Itaipava Premium (R$ 9,90), Brahma e Amstel (R$ 9,90 cada garrafa). Os bebes podem acompanhar porções de pastel de camarão, queijo ou carne-seca com queijo de coalho (R$ 27,90, seis unidades). O recheio de bacalhau aparece apenas no salgado de tamanho grande, cuja unidade é vendida a R$ 8,90. Outras opções para beliscar, a bruschetta de tomate com manjericão e azeite (R$ 14,00, duas fatias) e o gurjão de peixe (R$ 49,90) também costumam agradar.
TIJUCA
Bar do Momo. Instituição tijucana que virou ponto turístico, o botequim mantém a tradição de cotovelo apoiado no balcão, mesas de plástico espalhadas pela calçada e atendimento amistoso aliada a uma cozinha inventiva. No especial COMER & BEBER, ostenta o tricampeonato como o melhor boteco e leva um prêmio na categoria petisco (para o clássico bolinho de arroz). Delícias de Toninho Laffargue — que rege a casa ao lado do pai, Antonio Lopes dos Santos, o Tonhão — incluem o eu só quero ser feliz, indecente misto-quente de joelho de porco defumado, creme de cheddar, picles e mostarda na torrada Petrópolis, servido com ketchup de catuaba (R$ 20,00). O mesmo queijo recheia o bolinho mac and cheese, de macarrão, cubos de bacon fritos e cebola-roxa (R$ 7,00). Na ala etílica, Heineken e Serramalte (R$ 13,00 cada uma) rivalizam com o recém-chegado gim-tônica (R$ 20,00). Fique atento: a casa não aceita cartões.
Bar Madrid. Vencedor na categoria boteco na última edição do COMER & BEBER, o negócio, tocado pelos primos Felipe e André Quintans, filhos de espanhóis, é uma pequena embaixada madrilenha na Tijuca. Referências daqui e de lá aparecem no cardápio e na decoração — os detalhes vão de flâmulas do Real Madrid e do América a fotos do cantor Julio Iglesias e do político Leonel Brizola. Pedida celebrada, os huevos rotos são dois ovos fritos sobre uma camada de batata frita com presunto serrano (R$ 24,00). Às quartas, uma paixão nacional, a coxinha de galinha e alho-poró é servida em dobro por R$ 5,00. Pode-se molhar o bico com a primorosa batida de maracujá (R$ 7,00) ou com uma taça de sangria branca (R$ 16,00), mas também há cerveja em cascos de Heineken (R$ 13,00) e Brahma (R$ 9,00), além da Hocus Pocus (R$ 29,00). Está nos planos uma noite de petiscos espanhóis.
Bar Varnhagen. Azulejos azul e branco e balcão de fórmica que remontam à inauguração da casa, na década de 40, compõem o cenário nostálgico. Alguns frequentadores ainda conhecem o lugar como Bar dos Passarinhos, dos tempos que havia uma feira de aves na praça em frente e os clientes penduravam suas gaiolas lá mesmo, enquanto matavam a sede. A receita do bolinho de bacalhau (R$ 24,00, dez unidades) é dos fundadores, o casal Alberto e Natalina Rosário. Para acompanhar o petisco, peça Heineken (R$ 13,00), Amstel (R$ 10,00) ou Eisenbahn (R$ 11,00). Outro tira-gosto que vale a visita é o filé suíno aperitivo, servido coberto de cebolas (R$ 30,00). Entre as sugestões mais fornidas, a rabada com agrião e batata (R$ 32,00) tem seu séquito de fãs. Sábado é dia de feijoada (R$ 32,00) — e, quando sobra, o prato aparece no cardápio dominical. Aviso: por lá, cartão só de débito.
Bento. No local funcionava um botecão que tinha como clientes assíduos os colegas de turma Rafael Carrilho e Pedro, ex-alunos do São Bento. A dupla resolveu comprar o ponto e, no nome, render homenagem ao antigo colégio. As três torneiras de chope são abastecidas por barris que variam a cada semana. Cervejas especiais são a prioridade. Para os fãs de bebidas lupuladas, a potente IPA Oceâ-nica Born 2 Rock (R$ 34,00, 500 mililitros) é boa pedida. Opções mais leves são a pilsen O Motim Folklore (R$ 20,00, 500 mililitros) e a witbier Jeffrey Niña (R$ 30,00, 600 mililitros). Na seção de comes, puxam a lista de hambúrgueres mais pedidos o BBQ Bacon (R$ 30,00), com 200 gramas de carne bovina, bacon, queijo cheddar e molho de alho, e o Toscano (R$ 30,00), que leva a mesma quantidade de carne da dica anterior, mais calabresa fatiada, farofa de bacon, mussarela e maionese de cebola-roxa caramelada. Os sanduíches são acompanhados de batata frita. Dica: na promoção das terças, quem compra um hambúrguer ganha guarnição extra.
Da Gema. Na parede desde a abertura, a emblemática imagem do Cristo Redentor abençoando o salão foi substituída pelo grafite de um sorridente Jesus negro feito pelo artista Marcelo Eco. Muito além da decoração, os sócios Luiza de Souza e Leandro Amaral dão seu toque particular a clássicos dos balcões. A inventiva cozinha local já foi premiada em diferentes categorias no COMER & BEBER. Difícil é escolher entre as deliciosas croquetas surpresa, com recheio cremoso de mussarela e calabresa (R$ 18,00, dez unidades), a gorduchinha, porção de almôndegas empanadas no queijo parmesão, ao molho de tomate da casa (R$ 38,00), e a consagrada polentinha com rabada, cubos de angu fritos sob lascas macias de carne (R$ 48,00, doze unidades). Dica mais recente, o bolinho de vagem, feito com o legume refogado com alho e cebola, é receita da mãe de Luiza (R$ 15,00, oito unidades). No fim de semana, sugestões como o bobó de camarão (R$ 85,00) enchem panelas de barro em porções generosas para duas pessoas. Na ala de bebes, a cerveja, em opções como Original, Bohemia e Eisenbahn (R$ 12,00, 600 mililitros), divide as atenções com as batidas de maracujá, doce de leite e coco queimado (R$ 10,00 cada uma).
Hopfen Artesanal. Inaugurado em pequenino ponto na Tijuca, o bar chegou a ostentar 300 rótulos. Não por acaso, conquistou o reconhecimento da clientela e, em 2016, o título de melhor carta de cervejas da cidade, segundo o especial COMER & BEBER. Após um período irregular, o endereço mudou de mãos e o novo dono, o cervejeiro amador Guilherme Campos, busca recuperar prestígio. Para tanto, aposta em pedidas belgas do porte da quadrupel Straffe Hendrik (R$ 43,90, 330 mililitros) e da duvel da Brugse Zot (R$ 34,90, 330 mililitros). Entre as nacionais, experimente a frutada e ácida Catharina Sour Jabuticaba (R$ 18,90, 330 mililitros), da Lohn Bier, que também contribui com a wood aged Carvoeira (R$ 34,90, 330 mililitros). Essa receita, que leva em seu processo de fermentação funghi secchi e cumaru, ganhou medalha de ouro no World Beer Award. O pão de alho (R$ 20,00, três unidades) e a burrata com molho pesto (R$ 30,00) são coadjuvantes de primeira. Às quartas, o horário é prolongado para a turmar assistir, lá mesmo, ao futebol na TV.
On Tap Pub. Vinte torneiras de chope são as estrelas da casa. A decoração, inspirada em bares alemães, evidencia a vocação local. Entre as opções líquidas mais frequentes estão três exclusivas produzidas especialmente pela cervejaria Allegra, servidas no copo de 300 mililitros: uma pilsen (R$ 8,90), uma weiss (R$ 11,90) e uma IPA (R$ 12,90). Também costumam dar o ar da graça a curitibana Bodebrown e a carioca Hocus Pocus. Escolhida a bebida, parta para os tira-gostos. O dadinho de tapioca (R$ 32,90, com doze) aparece no cardápio, assim como o filezinho de frango empanado no cereal de milho, uma crocante tentação acompanhada de molho agridoce (R$ 23,90 a porção). As duas fatias de carne do gigante on tap burguer (R$ 38,90), em apetitosa receita de fraldinha com salaminho, recheiam o pão de cerveja junto com maionese de bacon, cebola caramelada, alface e tomate.
Salete. Os azulejos azuis e brancos do salão conferem charme a esta instituição tijucana, com pouco mais de seis décadas de serviços prestados. Parte da merecida boa fama do lugar vem das empadas de massa leve e amanteigada, especialmente aquelas recheadas de camarão (R$ 6,50 a unidade). Outros dois sabores disponíveis são frango (R$ 6,00) e palmito (R$ 6,20). Os salgados pedem chope Brahma (R$ 6,50 a tulipa) ou cerveja Therezópolis Gold (R$ 18,90 a garrafa). Mais recentes no cardápio de tira-gostos são os bolinhos de feijoada (R$ 30,00) e de costela com agrião (R$ 36,00), ambos servidos em porções de seis unidades. Outra atração local são as generosas receitas de arroz com camarão (R$ 104,90 a meia-porção; R$ 139,00 a porção inteira) e polvo (R$ 80,00 a meia-porção; R$ 105,00 a inteira).
Wursteria. Na casa de inspiração alemã, os embutidos de fabricação própria servem de base para boa parte das pedidas disponíveis. Mesas ocupam o pequeno salão e a calçada. Carro-chefe local, o currywurst (R$ 27,00) consiste em uma linguiça brat-wurst feita com cerveja, batatas rústicas e molho curry ketchup. Ganhou o nome de nugget de porco (R$ 18,00, seis unidades) o filezinho suíno empanado servido com mostarda temperada. A chilli fries (R$ 26,00) é uma porção de batata frita com molho à base de lentilha e cogumelos, servida com queijos cheddar e monterey, além de pimenta jalapeño. Para harmonizar, peça a pilsen alemã Warsteiner (R$ 12,00, 330 mililitros).
Yeasteria. Consagrado no especial COMER & BEBER em 2015 e 2017, este paraíso cervejeiro mantém a coroa sem sair do bom caminho. Não bastassem os mais de 350 rótulos em garrafa ou lata nas prateleiras, no último ano a casa inaugurou uma câmara fria e o número de torneiras subiu de três para oito. Para evitar que alguém se perca diante da imensidão de possibilidades, cada exemplar ganha uma ficha técnica em que se encontram detalhes como estilo, teor alcoólico, amargor e origem. A equipe também está sempre a postos para tirar dúvidas e dar sugestões. Da esmerada curadoria resultam tesouros como a imperial stout americana AleSmith Speedway (R$ 215,00, 750 mililitros), além das exclusivas Thornbridge Cocoa Wonderland, uma porter com cacau inglesa (R$ 24,90), e Nils Oscar Celebration, uma american barley wine produzida na Suécia (R$ 29,90), ambas em 330 mililitros. A variada oferta de chopes é atualizada no site, com espaço fixo para os rótulos da carioca Old School (a partir de R$ 9,00, 300 mililitros). Na ala de comes entraram seis hambúrgueres, como o de carne angus, gorgonzola e cebola caramelada, servido com fritas (R$ 29,90). Por lá, nem o milk-shake foge ao assunto principal: prove a receita de licor de cerveja, sorvete de baunilha e calda de doce de leite (R$ 26,90, 400 mililitros)