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COMER & BEBER 2018/2019: Bares – Zona Oeste

Confira a seleção dos melhores endereços nessa região

Por Carol Zappa
Atualizado em 30 jul 2018, 14h21 - Publicado em 27 jul 2018, 08h00
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  • A edição especial COMER & BEBER 2018/2019 apresenta os melhores bares da cidade. Abaixo, a seleção de endereços da Zona Oeste:

     BARRA

    Bar Down Jones
    Down Jones Market Beer: chopes em alta no Downtown (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

    Aloha Rio. Não procure sofisticação: o clima aqui é rústico, com poltronas de madeira coloridas viradas para o mar, esteiras, almofadões e mesinhas baixas no gramado perto da areia. Para saborear sem pressa, o poke, interpretação havaiana do temaki, é servido de quinta a domingo em cinco versões, como a que reúne atum grelhado, cenoura, milho, pepino, nori e cebola, com bifum (macarrão de arroz) ou arroz japonês (R$ 58,00). Entre os drinques, o beach passion leva vodca Absolut, purê de morango, licor de laranja e alecrim defumado (R$ 28,00). Oferecido em combos durante a semana e à la carte aos sábados e domingos, o café da manhã é concorrido. Só tem um porém: o banheiro fica no quiosque vizinho, o recém-inaugurado Bar & Co.

    Bar do OswaldoQuando o ponto abriu as portas, perto do canal de Marapendi, a Barra ainda era um grande areal. Ao longo de pouco mais de setenta anos, o entorno passou por transformações urbanísticas profundas, como a que levou a uma grande concentração de motéis a partir dos anos 60. Muitos dos estabelecimentos de saliência se foram, mas o bar, famoso por suas batidas, resiste. Carro-chefe local, a versão de coco é servida com vodca Absolut, a R$ 20,00 a dose. A cachaça é base para a maioria das pedidas. Outros sabores oferecidos são maracujá, limão, pêssego, açaí, amendoim, bombom, caju, morango, uvinho (com vinho), cocaxi (coco com abacaxi), cocujá (coco com maracujá), café–creme e tangerina. A dose sai por R$ 10,00, a garrafa de 350 mililitros custa R$ 22,00 e a de 1 litro, R$ 60,00. Gerações de jovens que batem ponto por lá matam a fome com petiscos simples, como a porção de linguiça mineira com fritas (R$ 37,00) ou o filé aperitivo (R$ 50,00). Servida aos sábados, em sistema de bufê, das 12h às 17h, a feijoada (R$ 48,00) é seguida de pagode.  

    Beer CultInstalado em um centro comercial de produtos para informática, o reduto cervejeiro oferece bom leque de atrativos líquidos. De três torneiras jorram chopes cariocas, a preços que variam de R$ 9,00 a R$ 16,00, como a pilsen Old School (R$ 14,00, 500 mililitros). Outra opção é investir no growler (R$ 5,00) e levar a bebida para casa (a partir de R$ 22,00 o litro). Pequeno e bem iluminado, o espaço abriga cinquenta rótulos de cervejas especiais em estoque e algumas pedidas na geladeira. No cardápio predominam receitas com porco saídas do forno combinado, sem fritura. Prove o ótimo rumaki (R$ 19,00, dez unidades), porção de palitinhos de tâmaras e nozes enroladas em bacon artesanal produzido em Magé. Tem a mesma origem a linguiça defumada usada em sanduíches como o hamburguiça (R$ 19,90), assim como o joelho (R$ 55,00) e a barriga (R$ 36,90) suínos, hits locais.

    Down Jones Market BeerPróximo às torneiras, um painel eletrônico exibe a cotação dos chopes e sua variação cambial na última meia hora. Aberto no fim de 2017 no Shopping Downtown, o bar inspirado na Bolsa de Valores (o nome brinca com o principal indicador do mercado americano), com preços que variam de acordo com a demanda, ganhou em abril animada filial em Botafogo. Nos bicos (são dez na matriz e dezesseis na filial), rótulos da mineira Backer, como a imperial red ale Las Mafiosas Corleone e a double IPA Tommie Gun, revezam-se em sistema de autosserviço, acionado por meio de cartão pré-pago. Os preços oscilam até 40%, para baixo ou para cima (o litro vai de R$ 29,00 a R$ 100,00). No cardápio de Botafogo, foram importadas apetitosas receitas mineiras do A Melhor Costelinha do Mundo, no Centro, dos mesmos sócios. Pedida sem erro, o sandubinha de costelinha, com a carne desmanchando de tão macia, é montado no pão de queijo (R$ 28,00, seis unidades). Até agosto, a empreitada deve ganhar nova unidade na Barra.  

    Pesqueiro. Surgido como um trailer há quase três décadas, o negócio à beira-mar hoje se espalha por três quiosques em cerca de 100 metros quadrados na Praia da Reserva. Petiscos como casquinha de siri (R$ 27,00) e coquetéis assinados pela dupla Alex Miranda e Lelo Forti, do Mixxing, podem ser degustados na areia, em confortáveis espreguiçadeiras. Uma enorme boia de flamingo entretém adultos e crianças. O bora bora (R$ 42,00), drinque feito com três tipos de rum, xarope de baunilha, açúcar mascavo e especiarias, vem dentro de um abacaxi e rende bons cliques nas redes sociais. Um incêndio em março de 2018 destruiu parte do bar recém-renovado, mas a casa voltou à ativa em pouco tempo. No charmoso espaço, em tons brancos e azuis, o cardápio investe nos frutos do mar: a chapa de filé de peixe, lula, polvo, camarões, mexilhões e lagostins grelhados ao azeite, acompanhada de arroz e molho de ervas (R$ 230,00), serve de três a quatro pessoas. No fim de tarde, DJs animam o lounge na varanda.

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    Vizinho Gastrobar. Negroni, sazerac, vieux carré e uma das melhores receitas de bloody mary da cidade. Clássicos são preparados com maestria por Jéssica Sanchez em seu atraente balcão, mas é no repertório autoral que a jovem paulista, eleita a bartender do ano na última edição do COMER & BEBER, brilha. A cada gole, nota-se o cuidado com os insumos: frutas são escolhidas pela cor e pela textura da casca, xaropes, bitters, geleias e gelo têm produção artesanal. O mesmo vale para a catuaba, misturada a cachaça Leblon com infusão de banana-da-terra e mel fermentado com gengibre no intenso into the wild (R$ 31,00). Frutado, o white julep leva gim Bombay, licor de flor de sabugueiro, shrub de abacaxi, folhas de hortelã e espuma cítrica (R$ 29,00). A propósito: Jéssica abriu nova frente, o Bar & Co, quiosque na Barra, na altura do Posto 3, inaugurado no início de julho.

     RECREIO

    Quiosque Pesqueirinho
    Reserva Restobar: antigo Pesqueirinho (Selmy Yassuda/Veja Rio)

    Creative BarCom decoração inspirada nos anos 20, a casa aberta dentro de um centro comercial pelo bartender uruguaio Fabián Martinez tem agradável área externa. Dedique-se à saborosa tarefa de escolher uma das criações do dono do bar. O negroni sbagliato, feito com espumante, Campari, vermute tinto e laranja, é servido na taça (R$ 25,00) ou na jarra de 1 litro (R$ 74,00). Outra aposta certeira é o isla bonita (R$ 25,00), à base de rum branco importado, suco de abacaxi, xarope de amêndoa e curaçau blue. No ceviche nikei (R$ 31,00), os cubos de salmão foram substituídos por nacos de peixe branco temperados com cebola-roxa, pepino, pimenta, gergelim e molho oriental. No dia do Mojito, sempre às quintas, cinco releituras do drinque tradicional têm preço promocional de R$ 10,00.  

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    Reserva RestobarCom bem cuidada decoração praiana em estilo provençal, reforçada pela cobertura que simula um aquário, o antigo quiosque Pesqueirinho mudou de sócios e de nome. Mais cobiçados, os espaços de lounge na areia e no deque só podem ser ocupados sob reserva. O cardápio, também reformulado, investe nas receitas de frutos do mar. São escolhas acertadas os anéis de lula crocantes com aïoli (R$ 48,00) e as unhas de caranguejo, com o mesmo molho, farofa de biju, vinagrete de pimenta-biquinho e limão-siciliano (R$ 67,00, doze unidades), um carro-chefe local. Assinada pela bartender Jéssica Sanchez, a carta tem dicas como o refrescante e picante sgt. pepper (R$ 29,00), que reúne vodca com infusão de baunilha, purê de frutas vermelhas e soda de pimenta. De quinta a domingo, é possível apreciar o pôr do sol ao som de violino, saxofone e, mais frequentemente, DJs.

     JACAREPAGUÁ

    Art ChoppReduto de cozinha criativa e farta, oferece de bolinhos a carnes preparadas na churrasqueira. De comer de joelhos, a pataca de coxa de peru com 1,2 quilo (R$ 39,80) é defumada na própria casa com lenha de macieira. A generosa porção de pernil (R$ 32,90, 600 gramas) também faz sucesso, mas reserve disposição para os bolinhos. Acredite: o bolinho de rabada empanado com Sucrilhos (R$ 7,00 a unidade ou R$ 39,90 a porção com seis) vale a pedida. Igualmente ousado é o tipo rei (R$ 40,90, com quatro unidades), com massa à base de queijos de minas e mussarela, recheada de torresmo e linguiça mineira. De nome curioso e comprido, o “xô, só tinha banana verde e rocambole” custa R$ 41,90. Trata–se de um rocambole de carne carregado nas especiarias, ladeado por rodelas crocantes de banana frita. Esbalde-se com chope Amstel (R$ 6,50 a tulipa) e Heineken (R$ 7,50). Também chegam do freezer cervejas das duas marcas, vendidas, respectivamente, por R$ 11,50 e R$ 12,50.

    Fábrica NômadeNo lugar de uma antiga oficina de 300 metros quadrados, o espaço, aberto em janeiro de 2017, virou point cervejeiro. No ambiente de decoração industrial, um contêiner com doze torneiras serve chopes exclusivamente cariocas. A Motim tem presença cativa, com rótulos como o hoppy lager Hell de Janeiro (R$ 15,00, 300 mililitros; R$ 20,00, 450 mililitros). Em dias mais quentes, a Roter Summer Ale (R$ 13,00 e R$ 17,00, respectivamente) costuma ser bastante procurada. A hegemonia local só é quebrada pelas frequentes invasões de cervejarias de outros estados. Antes abastecido por food trucks convidados, o bar agora tem cozinha própria, especializada em churrasco americano. Do defumador saem pedidas como o sanduíche de costela defumada desfiada, com barbecue e cole slaw (salada de repolho) no pão de milho (R$ 24,00). Outra dica: croquetes de brisket, peito bovino defumado (R$ 18,00, três unidades).

    Nordestino CariocaDepois de transformar parte de sua casa, na entrada de uma vila, em restaurante, o paraibano Roberto Araújo se consagrou. O endereço é um dos melhores na cidade para os fãs de comida nordestina. Estão lá, para comprovar, o caldinho de mocotó (R$ 17,00 a tigela) e a porção de linguiça flambada na cachaça com melaço de rapadura, aipim frito, carne de sol e farofa de cuscuz (R$ 33,00). O trio nordestino traz três pastéis de recheios distintos — carne de sol, queijo de coalho com cebola-roxa e cordeiro —, ladeados por maionese de hortelã e geleia de pimenta (R$ 33,00). Entre os pratos principais, um clássico é a picanha de carne de sol com aipim frito e cozido, arroz, feijão-tropeiro, farofa e molho à campanha (R$ 89,00, para três pessoas). Na carta com 120 rótulos de cachaça, a Saqueira (R$ 9,00 a dose) vem da terra natal do proprietário. As cervejas são das marcas Brahma, Antarctica (R$ 9,00 cada uma), Bohemia e Original (R$ 11,00).  

    Serpentina Bar ArtesanalO reduto não nega a vocação, do nome à decoração. Cervejas especiais dominam as oito torneiras e os sessenta rótulos da carta. A curitibana Bodebrown tem lugar cativo, com dicas como a imperial IPA Perigosa (R$ 18,90, 300 mililitros; R$ 58,00 o litro). Em lata, a The Bird Is the Word, da Rockbird, é uma new england IPA bastante aromática e lupulada (R$ 34,90, 473 mililitros). Aos domingos, famílias inteiras batem ponto em busca de pratos especiais, entre eles a feijoada (R$ 64,90, para dois). Do menu fixo saem-se bem os bolinhos de malte, calabresa e queijo de minas padrão (R$ 22,00, quatro unidades) e o sanduíche de carne de panela na cerveja escura (R$ 23,00). Músicos costumam fazer apresentações ao vivo às sextas e aos sábados no agradável lounge ao ar livre.

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