Alda Maria Doces Portugueses. O próspero negócio da confeiteira que dá nome à marca passou a abrir também às terças-feiras e a aceitar encomendas via WhatsApp (☎ 98948-4425). As novidades param por aí — e ninguém reclama. Na cozinha do casarão de fachada azulejada em Santa Teresa, endereço que também abriga um curioso Museu do Doce, as receitas adotadas são tesouros de família que remontam ao século XVIII. Elaborados com açúcar orgânico, ovos caipiras e afeto, clássicos como os pastéis de nata e de santa clara (R$ 10,00 cada um) podem ser saboreados no local ou levados para casa. A lista de delícias inclui toucinho do céu (R$ 15,00), dom rodrigo (fios de ovos fechados com ovos moles, R$ 10,00) e fatias de braga (preparo de gemas e amêndoas moídas, R$ 7,00). Duas apostas certeiras entre as tortas são a de chocolate amargo com musse de doce de leite e a marta rocha, receita com nome de miss, famosa no Sul do país, que reúne disco de merengue, nata e ovos moles com crocante de nozes (R$ 15,00 cada fatia). O esmero é o mesmo na criação de opções sem glúten e sem lactose, caso do pão de ló feito com açúcar de coco (R$ 10,00, individual). Para beber, há café expresso orgânico (R$ 5,00), chá nacional (R$ 6,00) e o indefectível vinho do Porto (R$ 12,00 a dose).
Arte Conventual. A rede de quiosques especializada em delícias portuguesas tem quatro pontos com seus doces nas vitrines. O pastel de nata (R$ 9,90) continua a ser o campeão de vendas, seguido pela barriga de freira (R$ 10,50) e pelo menos conhecido pastel de tentúgal (R$ 11,00), de fina massa folhada recheada de creme de ovos. Para quem não é tão fã de doces com ovos, as dicas são a baba de camelo (R$ 13,50), uma musse de caramelo com amêndoas, e a torta de chocolate crocante com amêndoas (R$ 14,00). Todas as doçuras se harmonizam com a centenária Água das Pedras (R$ 9,50), água mineral gasosa oriunda de Portugal. Entre os comes salgados há pastéis de natas com bacalhau (R$ 12,50) e com alho-poró e presunto (R$ 10,50). O café de marca própria abastece o expresso (R$ 6,00). Na ala alcoólica, mais sugestões lusitanas, como a dose da Ginja de Óbidos (R$ 19,00), licor feito com a frutinha que lembra uma cereja, além de vinhos do Porto, Moscatel de Setúbal e Madeira (R$ 15,00 a R$ 20,00).
Biscoiteca. Único negócio totalmente dedicado à venda de biscoitos na cidade, a marca oferece dezesseis sabores, criações da sócia Natália Mazur, no pequenino espaço com parede de tijolos aparentes. Os maiores sucessos desde a abertura são os crinckles de brownie (R$ 2,25 a unidade; R$ 8,50 a porção com cinco), feitos sem farinha, com interior macio e casquinha de açúcar, e o barazek, de origem libanesa, com sementes de gergelim, sêmola e pistache (R$ 5,50 a porção). Os cookies também valem a visita (ou a compra pela loja online): prove a receita de aveia com coco, laranja e castanha-do-pará (R$ 1,50 a unidade; R$ 5,50 a porção com cinco). Única pedida salgada, o biscoito de parmesão com páprica defumada (R$ 1,50 a unidade) tem fornadas bissextas, normalmente em agosto, perto do Dia dos Pais. Para presentear, aposte em caixinhas decoradas (R$ 16,00 a R$ 34,00, com quatro sabores). Entre as bebidas há expresso (R$ 5,50, com biscoito de canela), cappuccino (R$ 9,00, com amanteigado de chocolate) ou chá (R$ 7,00, com biscoito de limão e cardamomo).
bolo doamor. Mal o bolo da avó Luiza chegava à mesa, não sobrava nada para contar a história. Seu neto, o advogado Fábio Werneck (sócio do bar Hop Lab), percebeu o potencial do quitute e juntou-se à namorada, Larissa Brandão, em nova empreitada. Em três anos, eles passaram das encomendas de amigos ao quiosque, aberto em 2017. Carro-chefe da marca, escrita assim mesmo, em letras minúsculas e com o “do” junto do “amor”, o mô (R$ 6,00, do tamanho de um muffin) tem produção fresquinha de ao menos 500 unidades por semana. Seguem a mesma receita o mozinho (R$ 3,00), o mozão (R$ 8,00 a fatia; R$ 60,00, doze a quinze pedaços) e o momozão (R$ 10,00 a fatia; R$ 130,00, inteiro), todos boas companhias para o expresso (R$ 5,00). Versões recheadas do mô podem levar doce de leite, Nutella ou brigadeiro branco (R$ 7,00 cada uma). São tentadoras as opções em pote (R$ 20,00 a R$ 25,00), com Oreo e palha italiana entre as camadas. Novidade de 2018, as batidas de bolo e cachaça custam a partir de R$ 8,00 (a dose de 100 mililitros).
Cake & Co. Mais de vinte anos atrás, Laura Castro inaugurava no Leblon uma pequena loja para vender bolos e tortas sem conservantes, feitos com receitas de família. Em pouco tempo, as filas na porta a obrigaram a transferir o negócio para um imóvel mais espaçoso. O local escolhido, em 2004, foi um casarão na então pacata Rua Conde de Irajá, hoje nobre polo gastronômico — espalham-se pela vizinhança estabelecimentos como o Lasai, reduto do chef do ano, Rafael Costa e Silva, e o restaurante Oteque, outro campeão desta edição. Com jeito de casa de fazenda, o endereço de Laura é decorado com portas e janelas de pinho-de-riga, do século XIX, telefone de parede, balanças, panelas de cobre e porcelanas. Mais de trinta tortas se revezam nas vitrines, mas algumas têm lugar cativo. Campeã de vendas, a deliciosa (R$ 16,00) é um bolo branco recheado de morango com creme de confeiteiro e coberto de merengue. A delícia em camadas, que une o azedinho do damasco a ameixa e baba de moça (R$ 14,00), ganha ainda uma casquinha de açúcar queimado. Aposta mais recente, a julia naked cake (R$ 18,00), de massa branca, chantili e frutas frescas da estação, já é a segunda torta mais querida da clientela. Preços para a fatia.
Casa Cavé. Lá se vão 158 anos desde que, em um 5 de março, abriu as portas a confeitaria mais antiga da cidade. No negócio de nome francês, como seu fundador, Auguste Charles Felix Cavé, receitas lusitanas dominam as vitrines. São dicas como pastel de nata, dom rodrigo (com fios de ovos e canela), papo de anjo e guardanapos (de massa de pão de ló com chocolate e amêndoas ou doce de ovos), a R$ 8,70 cada uma. Por cada pastel de santa clara e barriga de freira pagam-se R$ 10,50. Entre os salgados do balcão, a coxinha de frango com requeijão, o bolinho de bacalhau e os folhados de queijo e camarão (R$ 7,80) são escolhas certeiras. Torradas com pão Petrópolis, a partir de R$ 11,20 (com manteiga), pedem um expresso bem tirado (R$ 5,20) ou um bule de chá (R$ 7,00). Para refeições mais robustas, invista em sanduíches de origem portuguesa, a exemplo do febra, que reúne filé de pernil suíno desossado marinado em vinho tinto e ervas finas, queijo e abacaxi (R$ 38,00).
As Claras. A empreitada da chef Vanessa Martuscelli serve petiscos no local e, em um empório, vende vinhos, queijos, frios, massas secas e artigos de decoração ligados a gastronomia. Fazem sucesso os bolos em diversos tamanhos, a exemplo dos feitos com limão-siciliano e com chocolate amargo (R$ 15,00 o individual; R$ 145,00 o grande, com até vinte fatias). Outro sabor que tem seus fãs é o de banana (R$ 8,00 o pequeno; R$ 35,00 o médio, com seis fatias), docinho e úmido. Na ala dos sucos, funciona a mistura de laranja com framboesa (R$ 18,00). Em delicadas apresentações, os quitutes podem aparecer nas vitrines em formato de flor ou de coração. Uma pedida para quem tem restrição alimentar é o bolo de laranja sem leite (R$ 15,00 o individual; R$ 35,00 o médio). Se a ideia for levar um mimo para casa, peça as palhas italianas, preparadas à moda tradicional ou com doce de leite (R$ 12,00 cada uma). Por lá mesmo, há ainda combos de café da manhã e da tarde, além de lanches salgados, como o croque monsieur (R$ 22,00), servido em uma louça adorável.
Colher de Pau. Aberta há mais de quatro décadas pela doceira Gimol Kaner (falecida em 2004), a confeitaria goza de merecida fama pelos brigadeiros que produz (R$ 5,60 a unidade), entre outras gostosuras com chocolate. Colheres de pau enfeitam as paredes e dividem espaço na vitrine com receitas da fundadora (mãe da atual proprietária, Lucy Kaner), como o bolo negro (R$ 15,00 a fatia; R$ 160,00, para doze pessoas), coberto por calda fumegante de barra de chocolate com 70% de cacau. Opção mais recente, o bolo vulcão (R$ 13,90 a fatia; R$ 160,00, inteiro), com massa de chocolate e recheio de brigadeiro bem molinho, mais muita calda no centro, já está na lista dos mais vendidos. Entre os sabores do doce enroladinho, o carro-chefe local, há variações de paçoca e de churros, vendidas pelo mesmo preço do tradicional. Fora da seara chocolateira, a torta toalha felpuda (R$ 13,90 a fatia; R$ 160,00, para doze pessoas), com massa de pão de ló, recheio de creme de coco fresco e cobertura de merengue e coco fresco ralado, tem fãs de carteirinha há anos, assim como a palha italiana no copinho (R$ 6,90 a unidade).
Confeitaria Colombo. Patrimônio histórico da cidade, a confeitaria, inaugurada no século XIX, é um ícone da belle époque. Espelhos de cristal belga, móveis de jacarandá e vitrais franceses compõem o cenário. No prédio de sete andares são produzidos doces, salgados e refeições, distribuídos por quatro salões. Marcas dos primeiros proprietários portugueses continuam impressas nos menus recheados de doçuras da terrinha, a exemplo dos pastéis de nata, dos quindins de camisola e dos pingos de tocha (R$ 10,90 cada um). Na ala de influência francesa, as vitrines exibem mil-folhas de creme ou chocolate (R$ 11,20) e tartelete de nozes (R$ 11,90), entre outras opções. Os salgados também gozam de prestígio entre turistas e locais. São petiscos disputados a coxinha de galinha (R$ 9,60 a simples; R$ 11,80, com queijo cremoso; R$ 17,40, com osso), um hit, e as variações com camarões empanados VM (R$ 19,50) e VG (R$ 26,90). Presença recente no cardápio, a vaca-preta, mistura de milk-shake de sorvete e Coca-Cola, sai a R$ 25,80 no copo personalizado, que pode ser levado como lembrança. Aos sábados, o salão Cristóvão, no 2º andar da matriz, serve farto bufê de café da manhã (R$ 69,50) até as 11h.
Kurt. Endereço de reputação inabalável, a confeitaria foi consagrada treze vezes em edições deste especial. Não há muito que mexer, portanto. Os maiores sucessos são receitas à moda europeia, de doçura moderada, lançadas na década de 40 pelo alemão Kurt Deichmann (1907-2000), fundador do negócio. Um clássico, a sacher (R$ 15,00 a fatia), de chocolate, recheada de geleia de damasco, é de origem austríaca. À frente da empreitada, Evelyn Deichmann, sobrinha de Kurt, e o filho dela, Alan Geller, fizeram concessões ao paladar brasileiro, afeito a doses mais altas de açúcar. Antes barrado, o leite condensado entrou no bolo de chocolate com brigadeiro (R$ 15,00 a fatia). Por outro lado, o minibolo de banana com castanha-do-pará, chia, açúcar demerara e farinha sem glúten (R$ 13,00) agrada à turma fit. Tempos modernos, Kurt.
L’Eclair Shop. Quando morou na França, Maria Fernanda aproveitou para se aperfeiçoar na confeitaria, uma paixão. Fez cursos em escolas renomadas, como Alain Ducasse, Le Cordon Bleu e Lenôtre, e tornou-se expert no preparo de éclairs. De volta, montou um ateliê para atender a festas e eventos, negócio que levou à lojinha aberta em setembro de 2017, na Galeria Condor. Ao lado do marido, o francês Nicolas Picavet, ela produz, diariamente, deliciosas bombas de massa delicada e recheios generosos. Os cinco sabores fixos merecem a prova, mas os de caramelo com flor de sal e de lavanda (R$ 12,00 cada um; R$ 7,00 o míni) são campeões. Às quintas entra em cena uma opção salgada, como a que reúne queijo emmental, presunto cru, creme de cornichon (pepino em conserva) e rúcula (R$ 14,00). Qualquer que seja a pedida, um expresso (R$ 4,50) completa a visita. A cada mês, há uma receita nova em foco, por tempo limitado. Todos os sabores podem ser encomendados com 24 horas de antecedência e retirados na loja. Para entregas, os pedidos podem ser feitos pelo Whats-App (☎ 98560-3456).
Le P’tit Café. Após tentativas de expansão, a doceria da chef Patrícia Lombardi (que toca o negócio com a irmã Debora) concentra forças na pequenina loja em uma galeria de Ipanema. Formada pela Le Cordon Bleu francesa, a confeiteira investe em fornadas diárias de bolos de massa fofa e cobertura caprichada. Uma sugestão frequente é a receita de cenoura com calda de brigadeiro (R$ 16,00 a fatia), mas a cheesecake com coulis de frutas vermelhas (R$ 15,00) e o bolinho individual de fubá (R$ 12,00) também têm seus fãs. Na ala dos doces para comer de colher, o brigadeiro de pote (R$ 8,50) e a musse de limão (R$ 14,00) são irresistíveis. Entre as opções salgadas, o pão de queijo de minas da Serra da Canastra é um hit, assim como o cigarrete de queijo, salgado típico de Minas Gerais — terra das proprietárias —, enroladinho de queijo curado assado (R$ 6,50 a unidade). A lista de bebidas quentes inclui café expresso (R$ 6,00) e cappuccino (R$ 8,50 o pequeno). Dica: as irmãs passaram a ministrar aulas que unem gastronomia e ideias para receber visitas (preço sob consulta).
Make a Cake. Criada na Barra, a marca chegou à Zona Sul em 2018, com um quiosque no shop-ping RioSul. A alma do negócio é a montagem de naked cakes ao gosto do freguês. É possível aprontar um bolo em dez minutos, por valores a partir de R$ 9,95 (individual). As demais faixas de preço partem de R$ 66,00 (o P, com dez fatias), R$ 114,00 (o M, com vinte a 25 porções) e R$ 174,00 (o G, com trinta a 35 pedaços). Entre as massas lançadas nos últimos meses encontraram boa acolhida o red velvet e o brownie. Nas prateleiras há ainda apetitosas pedidas prontas, como o bolo de pote (R$ 13,00), a palha italiana (R$ 7,50, de chocolate ou doce de leite) e os brigadeiros enrolados (R$ 4,00 cada um), em opções como caramelo, framboesa e nozes. O expresso Armazém do Café (R$ 4,50) também pode ganhar a companhia do cookie clássico (R$ 4,00) ou recheado de Nutella (R$ 9,50).
MP Tortas Boutique. “Menos açúcar, ótimos ingredientes e autenticidade no sabor.” Esse é o lema do negócio familiar no Recreio, em que a matriarca, Marlene Percílio, prepara doces tentações. Aos fanáticos por torta alemã (R$ 12,50), uma dica: ali se encontra um dos melhores exemplares da cidade, oferecido também nas versões de nozes e de doce de leite com pralinê de castanhas (R$ 15,00). Outro hit combina massa de cacau belga, recheio de brigadeiro, cobertura de chocolate branco e, para arrematar, calda quente (R$ 15,00). Para pegar mais leve, pergunte pelas tortas de sorvete de iogurte com frutas da estação (limão-siciliano e maracujá, por exemplo; R$ 15,00 cada sabor). Preços para fatias.
The Bakers. Conhecido misto de padaria, confeitaria, restaurante e lanchonete, o negócio ainda tem um balcão de antepastos vendidos por peso, mas os carros-chefes são mesmo os vistosos doces e as tortas confeitadas. A lista inclui croissant de chocolate com morango (R$ 12,90), mil-folhas de Nutella (R$ 16,90) e petit-gâteau de chocolate (R$ 9,90). Outra delícia que vale o investimento, a torta buenos aires (R$ 10,90 a fatia; R$ 99,90 inteira) é um bolo de chocolate com recheio de doce de leite argentino e decoração de pétalas de chocolate e cereja. Alternativa ao chocolate, a torta vendome (R$ 14,90 a fatia; R$ 129,90 inteira) leva nozes e ovos moles. Na ala salgada, há sanduíches para uma refeição rápida e, no almoço, pratos executivos a preços entre R$ 42,90 e R$ 44,90. À frente da empreitada, Dany Geller é neto do alemão Kurt Deichmann (1907-2000), fundador da tradicional Confeitaria Kurt, no Leblon.
Torta & Cia. Nos quatro endereços, a decoração traz aconchegantes detalhes de madeira. As atrações principais são tortas com e sem açúcar, rocamboles, docinhos, chocolates e opções salgadas. Mais famosa criação local, a torta de nata (R$ 88,00 a pequena; R$ 128,00 a grande) tem massa leve com recheio aerado de chantili e cobertura de chocolate meio amargo. O carro-chefe divide atenções com um lançamento do Dia das Mães que ganhou lugar fixo no cardápio: a torta deleite de coco (R$ 118,00 a média), com casquinha de biscoito amanteigado e coco queimado, recheio de doce de leite argentino e cobertura de ganache de doce de leite. As fatias de qualquer torta têm o mesmo preço: R$ 14,00. Outro caminho é o dos picnics, bolos de banana ou de nata no pote (R$ 28,00 cada um), que ainda valem como dica de presente. Na ala salgada, pastéis de massa integral e empadas (R$ 8,00 cada pedido) também podem acompanhar o café expresso (R$ 5,50) ou o chocolate quente (R$ 6,50).