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Comer & Beber: aperitivos etílicos e gastronômicos do Rio

Quem abriu, quem fechou, quem vem aí — o lançamento de nova edição do guia inspira um balanço deste palco de tendências sempre em renovação

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 28 jul 2017, 09h45 - Publicado em 28 jul 2017, 09h45
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  • ramens
    (Tomás Rangel/Divulgação)

    Rumo ao Oriente

    Atração no bairro da Liberdade, em São Paulo, o izakaya, bar típico japonês de comida para beliscar e saquê dominando a carta, começa a ganhar espaço no Rio. Eleito a casa revelação deste COMER & BEBER, o Pabu Izakaya, no Leblon, já disputa clientela com o Roman, na Barra, e em breve vai ganhar concorrente na mesma rua — um estabelecimento com cardápio assinado por Fábio Koyama, do paulistano Minato. Ventos do Oriente também chegam à mesa nos pratos de ramens (ou lámens). Além dos já citados, Azumi, Haru e Miako fazem suas receitas de macarrão no bowl, com caldo fumegante e ingredientes variados. Até mesmo redutos sem inspiração japonesa, a exemplo do Meza Bar, do South Ferro e do Massa (foto), entraram na onda com versões próprias.

    Os food trucks estacionaram

    tapioca
    (Paula Bonorandi/Divulgação)

    O modelo de vagas públicas elaborado pela prefeitura, com um circuito de food trucks em pontos definidos da cidade, não vingou, mas negócios sobre rodas continuam atraindo freguesia em eventos e feiras. Muitas marcas também optaram por investir em loja própria. Especializado em comidinhas naturais, o Graviola abriu o primeiro ponto fixo no fim de 2016 e, em maio de 2017, foi inaugurada a filial no Baixo Leblon. Seguiram esse caminho, entre outros, Descolado Burger & Beer, Hamburquim, Patifaria, Delfina, Frites e The Burger Experience. A Tapí, que já havia levado seu cardápio de tapiocas (foto acima) às áreas de embarque nacional e internacional do Galeão, inaugura no começo de agosto, no Leblon, sua primeira loja de rua.

    Cerimônia do adeus

    Sudbrack
    (Leo Feltran/Divulgação)

    Dois chefs consagrados fecharam as portas. Após onze anos, Roberta Sudbrack serviu no penúltimo dia de 2016 a derradeira refeição no salão do restaurante que levava seu nome (foto à esq.), dono de uma estrela no Guia Michelin, premiado nove vezes em edições do COMER & BEBER. Chef revelação em 2013, Ricardo Lapeyre levou sua Brasserie Lapeyre (melhor restaurante francês em 2015) do Centro para a Barra. Rebatizada como Bistrot, a casa encerrou as atividades em julho de 2017 no Vogue Square, depois de oito meses. A ala boêmia também sofreu baixa visível: pioneiro da cozinha contemporânea na cidade, o Bar d’Hôtel saiu de cena após o Marina All Suites, no Leblon, fechar para reforma.

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    O que vem por aí

    Malta
    (Divulgação/Divulgação)

    Após mais de um ano de atraso, o artista plástico Vik Muniz e o empresário Cello Macedo (criador de negócios como Vezpa, Devassa e 00) devem tirar do papel em outubro o Camolese, restaurante, cervejaria própria, bar de coquetelaria e clube de jazz no Jockey Club. Donos do italiano Pici Trattoria e do francês Brasserie Mimolette, Leonardo Rezende e Gustavo Gill abrem nova frente até novembro: o Oia, também em Ipanema, um restaurante grego. À frente do Sabor D.O.C, butique de carnes no Leblon, Marcelo Malta, o fornecedor dos chefs, inaugura nos próximos meses um espaço maior (foto) no Jardim Botânico, no ponto onde funcionou o Ibérico. Já o Stuzzi, badalado bar de tapas à italiana no Leblon, ganha até outubro sua primeira filial, em Copacabana.

    A dança dos pontos

    botequim
    (Lipe Borges/Divulgação)

    Certo troca-troca faz parte do negócio, mas, desde o último COMER & BEBER, a dança das cadeiras foi intensa. Entre alguns exemplos, o Mixxing, bar de drinques surgido em Laranjeiras, conquistou fama no Rio Comprido e, desde maio de 2017, ganhou espaço mais nobre no 2º andar do restaurante Botequim, em Botafogo (foto). O Botero, estrela do Mercadinho São José, em Laranjeiras, muda-se, ainda neste ano, para a Travessa Euricles de Matos, logo em frente. Reduto de petiscos e polêmica no Leblon, o El Gordo, do português Nuno Almeida, deu lugar ao Sassá, de seu filho Salvador. Novidade mais recente, a pizzaria Ella, empreitada do chef Pedro Siqueira (restaurantes Massa e Puro), ocupa o imóvel onde funcionou por menos de um ano o restaurante Ró.

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    SOBE

    Cerveja em lata

    Three Monkeys
    (Filipe Oliveira/Divulgação)

    Marcas artesanais abasteceram as geladeiras cariocas de latinhas em 2017. Design atraente e benefícios como a conservação das propriedades da bebida conquistaram cervejarias fluminenses como 2Cabeças, Three Monkeys (foto), Hocus Pocus, Oceânica e Overhop.

    Comida vegetariana

    Além das casas especializadas, cujo número não para de crescer, receitas vegetarianas e veganas podem ser encontradas em cardápios de influências variadas. É o caso dos endereços de comidinhas Beefit, Brota e Okanossa e até de um bar, o Teva — todos estreantes nesta edição.

    DESCE

    Cozinha molecular

    Aplicação de preceitos da química e da física para transformar os estados dos alimentos, a técnica revolucionou a gastronomia contemporânea, mas já não faz tanto barulho. Notório seguidor dessa escola na cidade, Felipe Bronze (Oro e Pipo) abandonou truques como o do congelamento instantâneo com nitrogênio líquido para se dedicar à brasa. O preparo no carvão incandescente, aliás, já conquistou outras cozinhas contemporâneas, a exemplo de Lilia, Puro e Lasai.

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