Continua após publicidade

Conheça o Lardo di Colonnata, iguaria que invade o Rio

Primo nobre do bacon que pode custar até 150 reais o quilo, produto encanta os chefs cariocas

Por Rafael Cavalieri
Atualizado em 2 jun 2017, 12h37 - Publicado em 9 Maio 2015, 01h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O processo de preparação artesanal remonta aos tempos da Roma antiga e segue um ritual cujos passos são cuidadosamente observados: assim que o porco é abatido, um respeitável naco de banha é retirado do lombo do animal, salgado e temperado com especiarias, como alecrim, sálvia e orégano. Em seguida, a peça repousa por pelo menos seis meses em um recipiente de mármore de Carrara, cuja porosidade permite uma cura perfeita. O resultado é um derivado suíno batizado de lardo di Colonnata, produzido unicamente em uma cidadezinha da Toscana, cuja textura e untuosidade lembram levemente os mais refinados presuntos crus. “Apesar de ter um sabor muito marcante, ele valoriza ainda mais os outros ingredientes”, explica a chef Roberta Sudbrack. Entusiasta do produto, ela o oferece em seu restaurante, no Jardim Botânico, na forma de três criações. Em uma delas, o toucinho chique é apresentado em finíssimas fatias emoldurando uma combinação de burrata, pera e caldo de cebola.

    Burrata
    Burrata ()

    + Aprenda a fazer o camarão na moranga do Aconchego Carioca

    Originalmente servido como antepasto em cima do pão ou utilizado como substituto do azeite ou da manteiga no preparo de massas e assados, o lardo tornou-se um ingrediente recorrente em diversos pratos da culinária toscana, tamanha sua versatilidade. No Rio, o recém-chegado tem sido usado das formas mais variadas. No Duo, a gordura branca, macia e delicada aparece na polenta com gorgonzola, enquanto no Benedictine o chef Marcílio Araújo se vale do ingrediente para cobrir o crostini de espinafre com gema mole de ovo e dar ainda mais sabor ao hambúrguer da casa. “Ao incluí-lo nas receitas, mesmo os pratos mais simples ficam incríveis”, afirma o cozinheiro, que recorre a um amigo para trazer o produto da Itália e paga o equivalente a 40 euros (ou 150 reais) pelo quilo.

    Continua após a publicidade

    + Veja as novidades dos burgers cariocas

    + Confira entrevista exclusiva com Claude Troisgros

    Alguns chefs têm feito experiências com versões tropicalizadas da iguaria, como é o caso de Rafa Costa e Silva, do Lasai, que testou um lardo feito em uma fazenda de Pernambuco, mas ainda não incorporou o prato no cardápio. Quem provou atesta que a qualidade é muito semelhante. Os puristas, porém, nem aceitam ouvir falar em adaptações. Assim como acontece com outros produtos refinados, para eles o lardo di Colonnata só é considerado legítimo se sair de um berço de mármore na Toscana.

    Infográfico
    Infográfico ()
    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

    a partir de 35,60/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.