Dia da Cachaça inspira roteiro por drinques nos balcões da cidade
A aguardente de cana, celebrada nacionalmente no dia 13, é base para coquetéis criativos em bares cariocas
Patrimônio Histórico Cultural do Rio de Janeiro, a aguardente de cana, destilado genuinamente brasileiro, ganhou um dia só para ela: em 13 de setembro, é celebrado o Dia Nacional da Cachaça. A data faz referência à Revolta da Cachaça, ocorrida no século XVII, devido à proibição da produção e comercialização da bebida pela Coroa Portuguesa, para evitar concorrência com a Bagaceira importada da metrópole. Depois de algumas derrotas, os produtores conseguiram a aprovação da Coroa – o resto é história.
No mesmo dia, a Cachaça Werneck, de Rio das Flores, no Vale do Paraíba, recebeu, pela segunda vez, a medalha de prata no Concours Mondial de Bruxelles. A 14a edição do evento aconteceu na cidade de São Roque, no interior de São Paulo. A Werneck foi uma premiadas entre 402 amostras de 82 destilarias e 86 vinícolas, de regiões como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Paraíba, Maranhão, Bahia e São Paulo. A cachaça foi escolhida às cegas por um júri de quinze especialistas, enófilos, enólogos e sommeliers estrangeiros e brasileiros.
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Pegando carona na data, selecionamos um roteiro de drinques preparados com a purinha que vão muito além da boa e velha caipirinha. Saiba onde provar boas receitas com cachaça:
No estiloso bar em Botafogo, inspirado no universo de Alice no País das Maravilhas, treze das dezenove receitas da carta assinada pelo mixólogo Walter Garin são preparadas à base do destilado. Entre elas, a batizada de rainha de copas (R$ 24,90) reúne cachaça Da Quinta envelhecida em amburana, purê de frutas vermelhas, xarope de hibisco, clara de ovo pasteurizada, bitter de cranberry e folhas de manjericão. Releitura do clássico negroni, o imigrante (R$ 28,90) é feito com cachaça Werneck envelhecida em jequitibá e infusão de limão e especiarias, além dos clássicos vermute tinto e Campari.
Eleito o bartender do ano na última edição do especial COMER & BEBER, o mixologista Tai Barbin acaba de deixar a casa, campeã na categoria carta de drinques em 2015. Não sem antes lançar uma nova carta de coquetéis, que inclui receitas inspiradas como o madame carioca (R$ 29,00), reunião de cachaça Leblon, pomelo, gengibre e limão-siciliano, servido em uma caneca branca com uma espuma de mel.
O bipolar, preparado pelo bartender Miguel Paes no bar de aura roqueira em Botafogo, é feito com cachaça mineira envelhecida em barril de Amburana, xarope artesanal de maracujá, licor Saint Germain e suco de limão, finalizado com mix de pimentas preta e branca moídas na hora (R$ 25,00).
Com matriz na Cobal do Humaitá e filial de frente para a praia no Leme, o bar com decoração inspirado nos tempos do Império investe em um drinque turbinado: o caipirão é uma super caipirinha de 400 mililitros, que pode ser preparada com cachaça Magnífica prata (R$ 20,00) ou ouro (R$ 23,00), além de duas frutas e um tempero à escolha.
Na Rua Dias Ferreira, uma das mais badaladas do Leblon, o agradável misto de bistrô e wine bar oferece também drinques interessantes. O yellow submarine é feito com cachaça envelhecida em barril de carvalho, mix de frutas amarelas, xarope de capim limão e baunilha (R$ 30,00).
A nova carta de drinques criada pelo barman William Barão traz três receitas preparadas com a purinha. O biriba leva cachaça Leblon, purê de fruta do conde caramelizada, tintura de canela, suco de blueberry e limão desidratado (R$ 26,90). Para quem não dispensa uma xíxara de cafeína, o african coffee é feito com cachaça Leblon Merlet, café expresso, rapadura e espuma de Amarula (R$ 33,90), enquanto o âmbar, servido em uma inusitada taça em formato de lâmpada, é feito com cachaça Leblon Merlet, fumaça líquida, Campari e licor de cereja (R$ 33,90).