Foram quatro anos de espera e o pessoal está como? Com sede, fato. O Gastro Beer Rio retorna ao verde da Quinta da Boa Vista neste fim de semana (14 e 15 de maio) e traz dezenas de opções da desejada bebida feita com água, malte, lúpulo e leveduras, nas torneiras de mais de 20 cervejarias. E torneira aqui é uma palavra importante, porque a bebida servida em chope, sem pasteurização e direto dos barris, é mais fresca e viva nos aromas. Ainda mais quando falamos nas chamadas artesanais.
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Para facilitar a vida de quem já está na dúvida do que beber, entre um passeio de pedalinho e algumas mordidas num dos bons sanduíches à disposição no festival, separamos seis boas dicas na pressão, de estilos distintos e listadas aqui na ordem crescente de corpo e teor alcoólico. O evento tem entrada gratuita e atividades abertas das 12h às 21h, com diversos food trucks, bandas tocando no parque e atividades programada para as crianças.
Começando pela Jahe, a witbier da Bottobier, do mestre cervejeiro Leonardo Botto. O estilo belga da cerveja que recebe trigo e aveia na composição, além das tradicionais sementes de coentro e raspas de laranja, ganha aqui um toque perfeitamente inserido de gengibre. Leve, refrescante e cítrica, tem 4,8% teor alcoólico e é uma das melhores brasileiras do gênero.
No segmento das chamadas sours, que abrange um grupo de estilos de cervejas ácidas em diferentes níveis, vale a pena se refrescar com a premiada Mona Lisa, da cervejaria Masterpiece. É um exemplar do estilo Catharina Sour que leva morango e siriguela na receita, com 5,6% de teor alcoólico. É azedinha (sem exagero) e de corpo leve, tem coloração rosada e o gosto das frutas presente na boca.
Para os que curtem sair da caixa e abrir o paladar a novas sensações, a cerveja Buenos Aires, da cervejaria Mafia, é uma rauchbier, ou seja, feita com maltes defumados, e ainda leva um toque de pimenta rosa. Com 5,8% ABV, traz notas de defumação na boca (pense em bacon) e fica bem na fotografia ao lado de hambúrgueres variados e embutidos como as linguiças.
Os fãs das pretas, com a pegada dos maltes torrados, estarão muito bem servidos com a Pakas Stout, da cervejaria Pakas, um belo exemplar do estilo extra stout. Seca, com aromas de chocolate escuro e café, além de amargor assertivo, tem 6,1% de teor alcoólico e acompanha muito bem de carnes grelhadas a sobremesas com chocolate presentes no Gastro Beer.
No capítulo vasto das India Pale Ale, as amadas IPAs, vale o destaque para a Rye Way to Hell, da cervejaria Kumpel, uma double IPA (com 8,1% de álcool, papo sério) cujo nome brinca com a adição de centeio que contribui com o corpo sedoso e um toque instigante de condimentação. Para os lupulomaníacos, vale avisar que a cerveja leva as variedades de lúpulos Galaxy e Citra, com aromas cítricos, frutados e resinosos à vontade.
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Versando sobre um clássico estilo belga ligado aos mosteiros, a cervejaria Ouse apresenta, entre as suas cervejas com nomes (e rostos) de mulheres nos rótulos, a Tina, uma tripel com relevantes 8,5% de teor alcoólico que segue a linha clássica, de coloração dourada, aromas de frutas amarelas e especiarias. Feita pela cervejeira Jessica Braga, é uma homenagem à russa Valentina Tereshkova, a primeira astronauta a realizar viagem espacial.