Melhor Barman: Alex Mesquita
Depois de tentar o futebol, a medicina e a mágica, o mixologista carioca descobriu seu talento para preparar coquetéis
Quando foi convidado para trabalhar no Paris Bar, em 2012, Alex Mesquita vivia um mau momento. O sonho de montar uma escola de coquetelaria havia resultado em vermelho intenso na conta bancária. Era mais um revés para o carioca que atuou como zagueiro nas categorias de base do América e do Fluminense, mas não foi adiante com seu estilo brucutu, e depois ingressou na faculdade de medicina, sem chegar ao fim do curso. A formação, mesmo, veio da Universidad del Cocktail, em Buenos Aires, que o levou ao projeto fracassado da escola, antes do final feliz desta história. Com liberdade para criar no casarão da Praia do Flamengo, Mesquita ganhou notoriedade e, pela segunda vez, a eleição de barman do ano. Suas criações também renderam ao Paris Bar o título inédito de melhor carta de drinques da cidade. A autoridade máxima dos coquetéis da casa relembra os tempos de ilusionista — sim, ele também tentou a sorte como mágico. No dia a dia, protagoniza espetáculos atrás do balcão, munido de defumadores e maçaricos. Antes de vestir o colete e a gravata, fica horas em uma câmara fria preparando o gelo especial (que passa por tripla filtragem) usado em sugestões como o revolução brasileira (R$ 28,00), combinação de cachaça Yaguara, licor Amaretto Disaronno, abacaxi, limão-taiti e canela. No laboratório, desenvolve ingredientes como a geleia de figo, usada no connection (R$ 35,00), drinque à base de conhaque Rémy Martin VSOP. Para adiante, desenvolve com Thiago Flores, chef do vizinho restaurante Paris Gastrô, um menu que unirá gastronomia e mixologia. Coisa de um camisa 10.