Um mineiro de Carangola, ex-bancário na Bahia e colecionador de arte que abriu um bar com jeito de galeria para servir uma feijoada digna de troféu. Só no Rio, diriam muitos, e com toda a razão. Alma há de sobra na casa de fachada amarela com o meio-fio mais animado de Santa Teresa, onde o prato clássico, obrigatório nos menus boêmios da cidade, é servido diariamente.
Preparada a cada manhã, quando o feijão começa a cozinhar com paio e carne-seca, costela e lombo suínos, a receita completa sai saborosíssima na cumbuca, acompanhada por arroz branco, couve refogada no alho, farofa com bacon (feita na gordura do próprio), torresmo crocante e cubos de laranja (R$ 90,00, individual; R$ 145,00, para dois; R$ 215,00, para três).
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Diógenes Paixão, o mineiro em questão, tem 84 anos e é visto pelo salão ornado com quadros, fotos raras de artistas da MPB e cartazes como o do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol. No fundo, fica um terraço menos conhecido com vista para o casario do bairro.
O abre-alas são os minipastéis de feijão gordo, ou siri com catupiry, entre sabores diversos (R$ 49,00, dezoito unidades). Nas estantes, cachaça mineira. Prove a Claudionor (R$ 14,00 a dose) ou passe direto à caipirinha de limão e Magnífica (R$ 25,00).
Antes de sair, pegue uma Juquinha no baleiro antigo do balcão e descubra os grafites nos muros da frente, obra dos artistas Toz e Rafa Mon. O famoso bonde do bairro já vai chegar.
Rua Paschoal Carlos Magno, 99, Santa Teresa, ☎ 2221-9227 (60 lugares). 11h/22h (fecha seg.). https://www.bardomineiro.net. Aberto em 1989.
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