Em mudança animadora no serviço da área externa de seu Chez Claude, no pequeno shopping gastronômico da rua Conde Bernadotte, no Leblon, Claude Troisgros inaugurou na última sexta (28) a Cantina do Claude, espaço bem conceituado que entra no lugar do Bar do Claude.
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À frente do grande balcão aberto na lateral, em espaço cercado de plantas e com entrada própria, o cliente agora encontra mesinhas de toalha em xadrez vermelho e branco, com pequenos abajures vermelhos de led e um cardápio 100% novo em relação às receitas, priorizando os “antipasti” e animador nos preços. Todas as 27 opções disponíveis estão na casa dos dois dígitos, algo hoje raro em endereços do gênero.
Para compartilhar na mesa, ou mesmo como prato individual, recomenda-se entradas como os mexilhões gratinados com alho e salsa (R$ 38,00); o polvo grelhado de la nonna, com tomates e batatas (R$ 66,00); a bruschetta alla putanesca com burrata rasgada (R$ 34,00); e a polenta de milho vermelho orgânico crioulo, com gema curada e pecorino (R$ 38,00).
Na série de “piatti”, há opções como um espaguete à carbonara com pancetta e mortadela (R$ 64,00); o macheroni cacio e pepe que leva gim no molho, com petit pois e pecorino (R$ 62,00); e o orecchiette celestiano com vôngole e camarão, massinha artesanal de grano duro, com caldo aromático para se usar a colher, os frutos do mar em pedacinhos e toques sutis de couve de bruxelas (R$ 74,00).
Na sobremesa, não se deve pensar duas vezes antes de pedir o leve e reconfortante tiramisù que fica na memória. É uma espécie de chantilly de mascarpone que leva gema, masala e outros segredos, de textura e sabor encantadores, com biscoito caseiro de café quebrado por baixo, cacau em pó e calda feita com chocolate belga 70%. Trata-se, segundo Claude, de uma homenagem à receita do falecido chef italiano Alessandro Cucco, que fez história no Rio à frente da Osteria Dell’Angolo, com toques característicos da cozinha do Chez Claude e o auxílio luxuoso da chef Jessica Trindade, que ali toma conta do pedaço.
A veia italiana, a bem da verdade, esteve sempre por perto na história carioca do chef francês, pincelando os cardápios de praticamente todos os seus restaurantes. Ele gosta de lembrar da mãe nascida na Itália e da avó italiana, a “mémé Forte”, que era cozinheira durante sua infância.
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O pequeno “quartier” carioca de Claude na galeria conta ainda com a sala aos fundos do Chez Claude, reformada como um teatro de bolso para a experiência da Mesa do Lado, o jantar exclusivo com cozinha aberta, trilha sonora e projeções visuais por todos os cantos. A Cantina também vai ganhar enfeites cenográficos, com um varal de roupas que vai dar charme e aconchego ao espaço.
“Vou ‘pendurrar’ umas cuecas“, diz o chef, com uma gargalhada.