A receita surgiu com duas partes de cachaça para uma de vermute, e aqui falamos dos anos 1950, quando a fábrica da empresa de bebidas Cinzano se instalou em São Paulo disposta a popularizar seu produto em casamento com a brasileiríssima cachaça. Resume-se assim a saga do rabo de galo, um coquetel de origem popular que no Rio ganhou o apelido de “traçado”, e assume Brasil afora desenhos diversos nas mãos dos bartenders do século 21, versátil como ele só.
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A rápida introdução é oportuna para o anúncio do 1º Concurso Regional de Rabo de Galo do Rio, marcado para o dia 30 de janeiro, uma segunda-feira, no Galeto Sat’s Botafogo (Rua Real Grandeza, 212, tel.: 2266-6266).
Idealizado pelo mestre Derivan Ferreira, decano e um dos nomes mais importantes da história da coquetelaria brasileira, o evento vai reunir cerca de dez cachaçarias do Rio e seus times de bartenders e embaixadores, que competirão criando releituras do rabo de galo. O público poderá degustar as “marvadas” e os coquetéis concorrentes.
Louvando e divulgando as boas cachaças, o evento que teve cinco etapas nacionais e sete regionais, desde 2017, tem o objetivo de fortalecer o rabo de galo no caminho de sua inserção na lista da IBA (International Bartenders Association), seleto grupo de 90 drinques clássicos do mundo, com base em diversos destilados, onde o Brasil figura apenas com a caipirinha.
“O rabo de galo já está em muitas cartas internacionais. A evolução na coquetelaria desde a criação do coquetel foi enorme, da qualidade das bebidas aos copos, técnicas e até o gelo. O concurso busca as melhores releituras, feitas sem perder a essência“, afima Derivan.
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Segundo o cronograma, o evento começa às 13h com exposição e degustação das cachaças participantes. A competição começa às 15h e vai até as 19h.