Dez minutos de Rock in Rio e já parti para a primeira experiência radical: o hambúrguer de festival. Um pão viscoso, acompanhado por uma rodela de substância cinza, queimada por fora e congelada por dentro, que só os mais religiosos podem acreditar que um dia foi carne. A isso se acrescenta – tecnicamente se trata de um cheesburguer – outra substância, essa amarelada, que apenas seitas radicais tomarão como queijo. Pronto, temos esse clássico do rock’n’roll. Uma iguaria orçada a 19 reais. Para descer a mistura, meio litro do mais sofisticado refrigerante, com terroir de canavial transgênico e notas de obesidade mórbida e colesterol excessivo.
Já estou pronto para os shows.
Ou para o pronto socorro.