“Um levantamento ébrio-etnográfico de ‘butiquim por butiquim’, ao longo de suas 65 ruas, 101 quarteirões, 7 travessas, 4 ladeiras 3 favelas”. É assim que Eduardo Freitas, mais conhecido como Preá, trabalhador na área da educação e um dos maiores frequentadores e conhecedores dos botequins do Rio, define seu presente para os 130 anos de Copacabana, comemorados na quarta (6).
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Trata-se de uma lista preciosa postada no Twitter, ricamente ilustrada com fotografias feitas pelo próprio, de 75 botequins do bairro, bares que sobrevivem como lugares únicos na geografia urbana e que contam a história da cidade.
Preá bebeu em todos os botecos e os visitou a pé. Ele explica, no longo fio de sua postagem na rede social: “O butiquim que escolhemos aqui não é o barzinho, nem bar, nem bistrô, nem restaurante. Esses tem sua serventia, mas o interesse aqui é outro. É da porta que abre cedo, abrigo das camadas populares, que tem estufa, tem café, traçado e conhaque de gole apressado“.
Em diversos “tweets”, os pequenos textos trazem recortes interessantes e curiosos, como a informação de que o quarteirão com mais botecos de Copacabana é aquele cercado pelas ruas Ronald de Carvalho, Viveiros de Castro, Duvivier e Barata Ribeiro: “Num trajeto de 350 metros, se vai ao Melade, Sereia de Copacabana, Luxor, Molhobico, Copa Azul e Duvivier. Seis no total!”.
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O citado Sereia, por sinal, é um dos quatro bares cujo nome faz referência ao nome do bairro, como informa Preá, citando também Copa Bar, Âncora Copacabana e Copa Azul. E as ruas com mais botequins são Barata Ribeiro (10), Siqueira Campos (8), Nossa Senhora de Copacabana (6), Ronald de Carvalho (5), e Constante Ramos (4).
A lista completa dos botecos, com os textos e comentários, está nas postagens do perfil de Preá no Twitter.