Para cariocas conscientes, a segurança proporcionada pelas vacinas contra a Covid-19 não tem preço. Mas já há quem pague até R$ 500 por certificados falsificados de vacinação vendidos por bandidos em aplicativos de mensagens. Desde que o pagamento seja feito por meio da criptomoeda Bitcoin.
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A informação foi veiculada pelo jornal O Globo e a Delegacia de Defraudações da Polícia Civil já está em busca dos criminosos responsáveis pela falsificação e comercialização dos falsos “passaportes de imunidade”. Segundo o delegado Alan Luxardo, os compradores também cometem crime ao adquirir o documento falsificado.
A mensagem oferecendo o passaporte de vacinação falso está circulando em grupos anti-vacinas no Rio. O documento falsificado seria um arquivo PDF que imita o comprovante emitido pelo aplicativo ConectSUS.
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Segundo o jornal, o vendedor informa que a falsificação não pode ser utilizada em locais onde há verificação eletrônica do código, em QR Code, já que não é possível burlar os códigos de autenticação gerados pelo Ministério da Saúde na plataforma.
O pagamento deve ser feito de forma antecipada e, caso o comprador peça, é possível fechar a transação com outras criptomoedas. Esta forma de pagamento dificulta a identificação de quem está por trás do esquema. “Se precisar de instrução, eu lhe ensino, é tão simples quanto fazer compras online”, diz trecho do anúncio destacado pelo Globo.
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Desde o dia 15 de setembro, a Prefeitura do Rio exige por lei o passaporte de vacinação para permitir a entrada em locais de uso coletivo, como academias de ginástica, piscinas, estádios, cinemas, teatros, museus, conferências, convenções e feiras comerciais.
A comprovação é pedida também para moradores de outras cidades e turistas, em locais como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. Também as cirurgias eletivas estão restritas a vacinados.
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De acordo com a lei, quem tentar fraudar o documento pode ser punido com multa de R$ 1 000. Caso a pessoa seja servidor público, a multa sobe para R$ 1 500. A medida vale tanto para a rede pública quanto para hospitais particulares.