Com o aumento do número de casos de Covid-19 no Rio, as medidas restritivas na cidade foram prorrogadas pela prefeitura até o dia 23 de agosto. Após prever novas etapas de reabertura na cidade, a partir de setembro, o prefeito Eduardo Paes reforçou que o planejamento pode retroceder caso o cenário se agrave.
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“Quando anunciamos uma programação para reabertura, não quisemos dizer que a situação está sob controle. Todo o planejamento tem relação direta com a evolução do cenário epidemiológico. Se o número de casos seguir aumentando, a tendência não é abrir, mas fechar a cidade mais“, afirmou em entrevista coletiva nesta sexta (6).
O prefeito fez um mea-culpa sobre o anúncio das flexibilizações futuras na cidade, planejadas em três fases. “Assumo a responsabilidade por ter passado uma impressão de que as coisas estavam já melhores do que realmente estão. Se tivermos um aumento absurdo de casos, em vez de avançar com a reabertura, teremos que retroceder”, declarou Paes.
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De acordo com o plano da prefeitura, a primeira etapa de reabertura, prevista para o dia 2 de setembro, libera a presença do público em estádios e casas de festas com 50% da capacidade e autoriza eventos ao ar livre.
Para a segunda etapa, que deveria começar no dia 15 de outubro, está prevista a liberação de 100% do público nos eventos.
Já a terceira, marcada inicialmente para o dia 15 de novembro, prevê o fim da obrigatoriedade das máscaras e do distanciamento mínimo, com exceção nos transportes públicos e em unidades de saúde.
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No cenário atual, segue liberado o funcionamento de estabelecimentos com lotação máxima de 40% em locais fechados e de 60% em locais abertos, além do distanciamento mínimo obrigatório de 1,5 metro. Continua suspenso o funcionamento de boates e salões de dança, assim como a realização de festas em locais públicos e particulares.
Aumento da variante Delta
Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o aumento do número de casos está relacionado ao período do inverno e também ao aumento da presença da variante Delta, já identificada em 45% das amostras coletadas em pacientes no Rio.
“O que temos agora é um aumento do número de casos, sem aumento substancial do número de internações ou de óbitos. Mas esse já é um indicador bem preocupante”, afirmou o secretário.
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Ao todo, 67 casos da doença causada por essa variante já foram confirmados no município – entre eles três graves – e apenas uma morte foi contabilizada.