O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou nesta quarta (17) um cronograma em que prevê a distribuição de cerca de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até julho. O anúncio foi feito durante reunião virtual com governadores, informou a pasta.
+ Covid-19: imunidade pós-vacina pode demorar semanas, dizem especialistas
Na programação apresentada, o ministro incluiu as negociações com os laboratórios União Química/Gamaleya e Precisa/Bharat Biotech, que podem garantir ao Brasil a chegada da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin, respectivamente. A previsão, de acordo com a pasta, é que o contrato com os dois laboratórios seja assinado ainda nesta semana. Os dois imunizantes ainda não possuem pedido de uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
+ Covid-19: após casos de falsa vacinação, postos proíbem fotos e vídeos
“[No cronograma] listamos todos os laboratórios com os quais o ministério vem trabalhando, com instituições como o Butantan e a Fiocruz já com compras e contratos executados, com previsões de entrega perto de 300 milhões de doses. Com os demais laboratórios contratados, chegamos a 450 milhões de doses [de vacinas] no total”, afirmou o ministro Pazuello.
As próximas entregas aos estados acontecem ainda em fevereiro: serão 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil. Em março, a pasta também aguarda a chegada de 18 milhões de doses da vacina do Butantan e mais 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca.
+ Fiocruz confirma caso da variante brasileira do coronavírus no Rio
A assessoria do Ministério da Saúde informou o seguinte cronograma sobre a entrega das vacinas no país:
Fiocruz (vacina AstraZeneca/Oxford)
Janeiro – 2 milhões (entregues)
Fevereiro – 2 milhões (importadas da Índia)
Março – 4 milhões (importadas da Índia) + 27,3 milhões (produção nacional com IFA importado)
Abril – 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Maio – 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Junho- 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Julho – 3 milhões (produção nacional com IFA importado)
Total (1º semestre): 112,4 milhões de doses
A partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz deverá entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.
Fundação Butantan (vacina Coronavac/Sinovac)
Janeiro – 8,7 milhões (entregues)
Fevereiro – 9,3 milhões
Março – 18,1 milhões
Abril – 15,9 milhões
Maio – 6 milhões
Junho – 6 milhões
Julho – 13,5 milhões
Total: 77,6 milhões de doses
Até setembro, serão entregues mais de 22,3 milhões de doses da Coronavac, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Covax Facility
Março – 2,6 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
Até junho – 8 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
Total: 10,6 milhões de doses
União Química (vacina Sputnik V/Instituto Gamaleya/Rússia)
Março – 400 000 (importadas da Rússia)
Abril – 2 milhões (importadas da Rússia)
Maio – 7,6 milhões (importadas da Rússia)
Total – 10 milhões de doses
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.
Precisa Medicamentos (vacina Covaxin/Barat Biotech/Índia)
Março – 8 milhões (importadas da Índia)
Abril – 8 milhões (importadas da Índia)
Maio – 4 milhões (importadas da Índia)
Total – 20 milhões de doses
+Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui