O Rio tem registrado um crescente aumento dos casos de Covid-19 causados pela variante Delta. Segundo o último levantamento da Rede Corona-Ômica da Fiocruz, a cepa estava presente em 96% das amostras sequenciadas no município.
+ Covid-19: Rio inicia aplicação da terceira dose em idosos nos asilos
No estado, a análise revela que 89,18% das 370 amostras coletadas entre os dias 4 e 16 de agosto correspondiam à Delta. Já a linhagem Gamma (P.1) foi identificada em 10,82% dos casos. Ao todo, 77 dos 92 municípios do Rio já registram ocorrências da cepa.
No estudo anterior, das 334 amostras coletadas do dia 24 de junho a 31 de julho, 61,08% eram da variante Delta e 20,66% da Gamma.
+ Covid-19: pesquisadores da Fiocruz alertam para aumento de casos no Rio
De fevereiro a junho, a linhagem P.1 era a mais comum observada entre os pesquisadores. No entanto, após a identificação da Delta em junho de 2021, a cepa aumentou a sua frequência de forma gradativa até se tornar dominante no mês de agosto.
Conhecida também como a variante indiana, a Delta já foi identificada em mais de 60 países e preocupa cientistas no mundo todo com seu avanço.
+ Prefeitura do Rio adia exigência do comprovante de vacinação em estabelecimentos
O médico Luiz Werber-Bandeira, docente do IDOMED e chefe de serviço de imunologia da Santa Casa do Rio, explica que a cepa indiana do vírus sofre duas mutações na proteína S que a tornam mais transmissível e infecciosa que a original.
“A Delta chama a atenção porque uma pessoa apenas consegue transmitir para seis pessoas, enquanto com a cepa original, uma pessoa transmite para duas. Por isso, as medidas sanitárias de prevenção à Covid-19 são essenciais para evitar o contágio, assim como o avanço da vacinação”, afirma o médico.
+Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui