Frente ao aumento do número de casos por Covid-19 no Rio, com a maior circulação da variante Delta, a prefeitura decidiu adiar as novas medidas de flexibilização na cidade. O planejamento ainda não tem uma data para começar.
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“Diante do recente aumento do número de casos da doença devido à circulação da variante Delta, do retorno de todo o mapa de risco para alerta moderado e da recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19, o plano de reabertura foi adiado”, afirmou em nota a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Anunciado no fim de julho pelo prefeito Eduardo Paes, o plano previa a reabertura de espaços em três etapas. Na primeira, que começaria já na próxima quinta (2), seria liberado 50% do público em estádios, boates e casas de festa. A entrada se daria apenas mediante o comprovante de vacinação com as duas doses ou dose única.
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Já na segunda fase, no dia 17 de outubro, os espaços poderiam receber 100% do público vacinado. Na terceira e última etapa, em 15 de novembro, já haveria a liberação do uso obrigatório de máscaras, exceto em transportes públicos e unidades de saúde.
Segundo a recomendação Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), a flexibilização agora deve iniciar somente com 50% da população com esquema vacinal completo, antes prevista com 45% dos cariocas imunizados.
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Dados da prefeitura mostram que 46,3% dos adultos já estão vacinados com as duas doses ou dose única – o que corresponde a 36,2% da população total.
Além do avanço da vacinação, a reabertura dependerá da melhora nos indicadores no município. Segundo o painel da prefeitura, o índice atual de ocupação de leitos de UTI no Rio é de 92%. Todas as regiões da cidade apresentam risco alto de contaminação da Covid-19.
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“Desde o primeiro anúncio sobre o plano de reabertura foi frisado que essas medidas estavam condicionadas a um cenário epidemiológico favorável. Em não se confirmando essas condições, o planejamento poderia ser revisto”, justifica a Secretaria Municipal de Saúde.
Quanto à variante Delta, o último levantamento da Secretaria Estadual de Saúde mostra que a cepa já está presente em mais de 60% das amostras coletadas no Rio.