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Clientes se mobilizam para salvar tradicional livraria infantil Malasartes

Instalada no Shopping da Gávea há 42 anos, a loja sofreu uma queda de 70% nas vendas durante a pandemia

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 fev 2021, 17h59 - Publicado em 8 fev 2021, 17h58
A imagem mostra a imagem da fachada da Malasartes
Malasartes: há 42 anos no Shopping da Gávea (Instagram/Reprodução)
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A fim de não fechar as portas, a tradicional livraria infantil Malasartes, instalada há 42 anos no terceiro piso do Shopping da Gávea, contou com uma ajuda especial nos últimos dias: ganhou um perfil no Instagram criado por Alice Amorim, filha de uma das sócias, que viralizou entre a fiel clientela. O motivo? O icônico espaço, símbolo de diversas gerações de cariocas leitores, sofreu uma queda de 70% nas vendas desde o início da pandemia. Natural portanto, que o público tema um fim, a exemplo do que ocorreu com a congênere Timbre.

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Na rede social, a página contabiliza, em pouco mais de dez dias, cerca de 3 800 seguidores. São postados lá clássicos infantis, a exemplo de Chapeuzinho Vermelho, e coleções como Pirlimpimpim, dedicada à obra de Monteiro Lobato. Além do perfil, outra estratégia foi adotada, com o intuito de facilitar e otimizar a comunicação com os clientes: as vendas podem ocorrer pelo WhatsApp (99916-9846). 

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“Estamos com a página uma semana só. Foi uma mobilização surpreendente. Chega a emocionar. Sabíamos que tínhamos amigos, mas nem tanto. As indicações partiram dos próprios clientes”, conta a sócia Claudia Amorim, mãe de Alice. “Ficamos fechados entre março e julho, as contas continuavam a chegar. Foi bem difícil. Site não era a nossa praia, porque não somos uma livraria de quantidades, mas de curadoria literária mais específica. As pessoas querem vir e receber as dicas aqui. Com a quarentena, tudo ficou mais complicado”, conta a comerciante, que conta com 7 500 livros cadastrados no sistema.

A divulgação tem surtido efeito. Tanto que a procura por títulos infantis já cresceu.

“Imagino que agora ganharemos um fôlego. Sempre dependemos muito do público que frequentava o teatro e o cinema, o que não vem acontecendo. Agora, esta semana, estamos voltando ao volume de encomendas da época pré-pandemia. Ainda não em vendas concretizadas, mas na alta procura”, comemora ela, cujo estoque dispõe de pérolas atemporais, como O Menino do Dedo Verde e Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque.

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