Botica

Resenha por Pedro Landim

Desde o início do movimento recente que levou cozinheiros com vastas trajetórias em restaurantes ao fogão de bares, com mesas na calçada e chope circulando, ninguém lançou a proposta de um caminho novo para comida de boteco com a categoria do chef Cezar Cavaliere, hoje com o auxílio luxuoso de Aline Sasaqui. No balcão, a vitrine dos acepipes vendidos a peso recebe os clientes com dez opções: do ceviche de lula e leite de coco, que traz batata-doce laranja em cubinhos macios e lâminas crocantes (R$ 35,00, 100 gramas), ao melão laranja com alcaparras, raspas de limão, picles de cebola-roxa e sopa ajo blanco (R$ 21,00, 100 gramas).

O salão tem estante e lustre de antiquário, banco de madeira, imagem de São Jorge e vela acesa, além de uma lousa que anuncia também as opções quentes. É o caso das pataniscas de milho com maionese defumada (R$ 28,00, a porção) ou dos divinos croquetes preparados com acém, língua e copa lombo (R$ 39,00, cinco unidades). Na carta de drinques à moda brasileira, o rabo de galo se destaca, feito com cachaça, vermute infusionado com levante e Cynar (R$ 36,00). O ambiente oferece exposições itinerantes de quadros — há arte nas paredes e nas panelas.

Preços checados em outubro de 2024.