Brota

Resenha por Pedro Landim

O convite que abre o menu de letras vermelhas é irresistível até para quem não desistiu dos prazeres da carne: “Nosso cardápio foi pensado para você compartilhar. Escolha uma, duas ou três comidinhas, uma de cada vez ou tudo ao mesmo tempo, para todo mundo comer junto, ou para pedir sozinho. Divirta-se!”. E a primeira a se divertir é a própria chef Roberta Ciasca, simpatizante de legumes, verduras e afins que transformou a cozinha do restaurante vegano — só cerca de 20% dos pratos são vegetarianos — num verdadeiro laboratório de sabores.

Desde junho funcionando num arejado casarão em Botafogo, o local nasceu para atender às demandas de um público com poucas opções para jantares e programas de fim de semana. “Essas pessoas estão acostumadas a ir a um restaurante para almoçar, de segunda a sexta. Aqui começamos abrindo à noite, e com um bar. De dia, só de sexta a domingo”, avisa Roberta, que também comanda o Miam Miam.

Estão lá as já clássicas brotinhas (R$ 28,00), bolinhos fritos de arroz integral com recheio de tomate, pesto e azeitonas, e novidades que já viraram hits, como a polenta de milho crioulo e abobrinha, com pesto, alho-poró e castanhas-do-pará (R$ 52,00). Drinques autorais como o nº 07, mescla de bourbon com xarope de rapadura com canela, mate, limão-galego e Angostura (R$ 36,00), da mixologista Laura Paravato, aos poucos quebram o gelo entre os frequentadores, que nas primeiras semanas só pediam sucos.

Preços checados em outubro de 2023.

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