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Lanucia Quintanilha promove oficinas gratuitas de teatro para surdos

Há oito anos, em parceria com a atriz e professora Erika Rettl, ela está à frente do Grupo Teatral Moitará

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 11h14 - Publicado em 2 jul 2016, 01h00
Lanucia Quintanilha
Lanucia Quintanilha (Selmy Yassuda/)
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Há 25 anos, a fonoaudióloga Lanucia Quintanilha começou a trabalhar com aulas de teatro. No entanto, havia algo de especial com suas turmas. Seus alunos eram deficientes auditivos, mas tinham muita vontade de se tornar atores. Primeiro, ela participou do Grupo Silencioso, depois ajudou a fundar a Cia. Surda de Teatro, e há oito anos, em parceria com a atriz e professora Erika Rettl, está à frente do Grupo Teatral Moitará, que promove oficinas gratuitas para surdos. “O objetivo é qualificá-los e capacitá-los como atores profissionais, além de fazer com que eles se apoderem do conhecimento para  que também possam transmiti-lo a outros alunos. Dessa forma, o teatro se transforma numa possibilidade de trabalho”, diz Lanucia. O curso, com duração de dois anos e meio, abarca todos os pontos da atividade teatral, e não apenas a atuação. “Há aulas de iluminação, cenário, música, e ensinamos até como montar um projeto de captação de recursos para pôr uma peça de pé”, detalha.

“Ao ver o desenvolvimento dos alunos, eu cresço também como ser humano”

Foi completamente por acaso que Lanucia entrou para esse universo. Já fonoaudióloga, ela participava como atriz de um grupo de teatro amador e recebeu a proposta de um milionário para dar aula ao filho dele, surdo, no período da tarde. “Achei que tinha encontrado a solução dos meus problemas. De manhã, decoraria texto, ficaria com a criança à tarde e subiria aos palcos à noite (risos)”, diz Lanucia, que abandonou de vez o tablado. “Lecionar me dá tanto prazer quanto atuar. Ao ver o desenvolvimento dos alunos, eu cresço também como ser humano”, diz, satisfeita. Lanucia, porém, sabe que o mercado de trabalho na área não é muito promissor para deficientes auditivos. Esse, na verdade, é mais um de seus desafios. “A formação de uma plateia mais sensível também faz parte da minha proposta. Quando as pessoas passam a conhecer o projeto, dão ainda mais valor”, diz. Parte dos resultados poderá ser conferida em agosto, quando o Espaço Moitará, na Lapa, abrirá as portas para o espetáculo A Busca de Seo Peto e Seo Antônio. 

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