Nascido na França, o fotógrafo percorreu o mundo entre os anos 1930 e 1950, principalmente os países não ocidentais. Queria conhecer pessoas de outras culturas e registrou esses encontros com sua Rolleiflex. Aqui, o retrato de um jovem durante uma cerimônia no Togo, em 1936.
Bastante publicadas na imprensa ocidental, suas imagens ilustraram importantes veículos franceses e americanos. Chegou a retratar famosos, como o revolucionário Trotsky, quando ele morava na casa do pintor Diego Rivera, no México. Esta imagem foi publicada na revista Life, em 1939.
Nos anos 1940, Verger descobriu o candomblé e as religiões iorubás no Benim e na Nigéria, às quais consagrou o resto de sua vida. Foi iniciado em 1953, renasceu com o nome de Fatumbi, e foi muito próximo de adeptos e lideranças do candomblé, como Mãe Senhora, fotografada em Salvador nos anos 1950.
Verger tinha fascínio pelas culturas que encontrava no Hemisfério Sul, a despeito da visão colonizadora que reinava no norte global na época. Aqui, ele retrata uma jovem num mercado de Cotonou, no Benim, nos anos 1940, que passou a ser chamada de “Mona Lisa Africana”.
Os retratos feitos por Verger que compõem a exposição são, principalmente, de anônimos. Uma melodia de rostos e de culturas, de pessoas encontradas pelo fotógrafo, como este jovem no Vietnã, clicado em 1938.
Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, 5, Centro. → Qui. a dom., 11h/18h. R$ 10,00 a R$ 20,00.
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