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Aprecie sem interação: um roteiro para observar a vida silvestre no Rio

Parques cariocas contam com variados habitantes, de aves a répteis. Confira dicas para observar os animais de forma segura

Por Redação
Atualizado em 18 nov 2023, 00h58 - Publicado em 17 nov 2023, 17h35
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  • A agitada temporada das baleias, que desperta a curiosidade de diversos turistas e cariocas no Rio durante os meses de junho e novembro, já chega ao fim. No entanto, há ainda diversos animais para admirar ao longo do ano entre a fauna da cidade, inserida no bioma da Mata Atlântica. A geografia carioca, com seus mares e montanhas, propicia não só a diversidade de espécies, como facilita o avistamento desses animais.

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    A melhor forma de apreciar a vida silvestre é observar a fauna em liberdade, de acordo com a coordenadora de Vida Silvestre na ONG Proteção Animal Mundial Júlia Trevisan.  “O ambiente de cativeiro é muito incomodo para um silvestre. O espaço é limitadíssimo e o contato próximo com humanos é estressante para eles. Infelizmente, atrações turísticas ao redor do mundo mantêm mais de 550 000 animais em cativeiros para fins de entretenimento. O lazer dos humanos nunca deve se sobrepor ao bem-estar de qualquer espécie”, defende Trevisan.

    A observação e admiração também exige respeito com os animais. Inserido em meio à natureza, o hostel Jo & Joe, no Cosme Velho, busca manter uma convivência amigável com os bichos que vivem na região.“Temos ilustres vizinhos, como o macaco-prego, tucano  do bico-preto, quatis, além de variadas espécies de pássaros”, lista Bianca Chaves, gerente-geral do hostel, que chamou um biólogo para dar uma palestra para os funcionários sobre a vida silvestre.

    “A ideia é que a nossa equipe fique bem treinada para conhecer essa fauna e repassar mensagens importantes para os nossos hóspedes, sobre o porquê não tocar ou alimentar, mas sim, apenas observar”, explica a gerente

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    Há diversos locais no Rio para observar a vida silvestre em seu habitat natural de graça. Confira a seguir uma lista:

    Parque Nacional da Tijuca:  Na Floresta da Tijuca, no Alto da Boa Vista, alguns trechos da Trilha Transcarioca podem trazer gratas surpresas. Em várias trilhas – inteiramente sinalizadas – é possível avistar jabutis, quatis, bicho-preguiça, cobras, cotias, macaco-prego, aves de diferentes espécies e até o macaco-bugio.  São recomendadas principalmente as trilhas: Bom Retiro x Centro de Visitantes e Centro de Visitantes x Portão da Floresta.

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    Estrada da Cascatinha, Alto da Boa Vista. Seg. a dom., 8h/17h. Grátis.

    Morros do Pão de Açúcar, da Urca e Praia Vermelha: A trilha do Morro da Urca e a pista Cláudio Coutinho – atrativos do Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca (MoNa) – permitem a observação de pássaros como o tiê-sangue, o beija-flor-de-fronte-violeta e o sabiá-laranjeira, parte das quase cem espécies de aves que habitam a região. Os costões rochosos cercados pelo mar também contam com espécies como o lagarto teiú, a rã-das-pedras, além de insetos como a borboleta-azul e a lavadeira-vermelha. Na Praia Vermelha, são moradoras locais as tartarugas-verdes.

    Praça General Tibúrcio, 125, Urca . Trilha do Morro da Urca: seg. a dom., 9h/17h. Pista Claudio Coutinho: seg. a dom., 6h/18h. Grátis. 

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    Parque Penhasco Dois Irmãos:  Tucanos, saíra-sete-cores, tiê-sangue, saracuras, jacupemba, gambá-de-orelha-preta, preguiça-de-três-dedos, caxinguelê, coruja-orelhuda, teiú-gigante, micos e macacos-prego são alguns dos animais que podem ser observados no local. Recém-revitalizado, o parque conta com trilha, jardins, lago e quatro mirantes que mostram a orla da Zona Sul. Há também uma nova sinalização bilíngue que inclui placas com informações sobre a fauna local.

     Rua Aperana, s/n , Leblon. Ter. a dom., 6h/17h. Grátis.

    Parque do Cantagalo: A revitalização da Lagoa Rodrigo de Freitas neste trecho tem garantido uma explosão de biodiversidade na área. Além das novas espécies de flora que foram introduzidas, diversas aves, como o frango d ́água e o bate-bico – que voltou a aparecer na Lagoa – têm aparecido por lá. Capivaras, guaiamuns e saracuras também são espécies conhecidas da região. Segundo o biólogo Mario Moscatelli, o incremento da biodiversidade na Lagoa é a consequência natural de 34 anos do projeto Manguezal da Lagoa e, mais recentemente, da melhoria da qualidade da água. “A Lagoa é o exemplo que ecossistemas historicamente degradados podem ser recuperados”, afirma Moscatelli.

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    Av. Epitácio Pessoa, 2, Lagoa. Grátis.

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    A Proteção Animal Mundial também oferece dicas para observação a vida silvestre:

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