Além da chancela da Organização Mundial de Saúde (OMS), três das mais importantes associações médicas do Brasil estão recomendando a vacina contra a dengue disponível atualmente no Brasil. O imunizante, produzido pelo laboratório francês Sanofi e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2015, tem agora o aval da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). A vacina também já está aprovada em cinco países: México, El Salvador, Filipinas, Costa Rica e Paraguai.
+ Estudo aponta que moradores de cidades litorâneas vivem mais
Lançada em agosto, a primeira vacina contra a dengue aprovada no mundo é indicada para indivíduos entre 9 e 45 anos. São necessárias três doses, com intervalo de seis meses entre cada uma delas. A vacina, cujo valor varia entre R$ 132,76 e R$ 138,73, reduz em dois terços a possibilidade de contrair a doença e protege em 93% dos casos graves. Segundo estudo publicado no Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, a vacinação contra a dengue no Brasil de indivíduos entre 10 e 40 anos seria capaz de diminuir em 81% os casos de dengue na população.
As sociedades médicas recomendam o uso rotineiro da vacina contra a dengue para pessoas que vivem em região de risco. O Sudeste tem o maior número de registros (837 400). Só neste ano já foram notificados quase 1,5 milhão de casos no país, com cerca de 500 mortes. Os custos da doença para o Brasil podem chegar até 1,2 bilhão de dólares por ano, o equivalente a cerca de 4 bilhões de reais. O valor faz parte de um estudo conduzido em seis capitais de quatro regiões brasileiras – Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Recife, Teresina e Belém – publicado na revista científica Plos, em setembro de 2015.