O Laboratório de Inteligência Computacional da PUC-Rio desenvolveu um aplicativo experimental que simula a escrita de um dos grandes autores brasileiros: Carlos Drummond de Andrade. A ousadia nasceu da tese de doutorado de dois alunos de engenharia elétrica, que utilizaram uma rede neural de aprendizado profundo para analisar a combinação de palavras em 200 poemas e na coletânea 100 Sonetos de Amor. Para a expressão Rio de Janeiro, o computador criou um texto de lirismo surrealista: “O Rio de Janeiro que não é rio, é um antigo piano, foi de alguma dona, hoje sem dedos, sem queixo, sem música na fria mansão. (…) Toda melancolia dissipou-se em sol, em sangue, em vozes de protesto. Já não cultivamos amargura, nem sabemos sofrer”.